O candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, amanheceu neste sábado (7) na liderança na Pensilvânia e na Geórgia, ampliando seu favoritismo para assumir a Presidência dos Estados Unidos. Nas primeiras horas da madrugada, ele fez um pronunciamento em Wilmington, Delaware, onde mora, afirmando não ter dúvidas de que vencerá esta eleição e anunciando que já começou a trabalhar nas primeiras medidas do governo.
Caso a vitória de Biden se confirme na Pensilvânia, onde a apuração continua e os votos ainda não apurados são maciçamente favoráveis ao Partido Democrata, ele não precisará de nenhum outro estado para se tornar o 46o presidente dos EUA.
Segundo informações da Associated Press, os quatro estados que ainda realizam a contagem dos votos têm os seguintes resultados na manhã deste sábado (7): na Pensilvânia e na Geórgia, que chegam a 99% das urnas apuradas, Biden lidera por 28.877 votos e 4.020, respectivamente, em Nevada, que tem 87% da apuração finalizada, Biden também lidera, com 22.657 votos. Já na Carolina do Norte, que também se aproxima dos 100% apurados, é Trump quem lidera, com vantagem de 76.479 votos, assim como no Alasca, que tem pouco mais da metade da apuração, em que o atual presidente soma 54.610 votos a mais que o rival.
Na Geórgia, no entanto, o secretário de Estado, Brad Raffensperger, afirmou que haverá uma recontagem, diante do virtual empate entre os candidatos , com apenas 0,1% de vantagem de Biden. A apuração ainda está pendente também em Arizona, Nevada e Carolina do Norte. À exceção deste último estado, Biden é favorito para ganhar em todos os demais.
Diante da derrota iminente, o presidente Donald Trump reiterou que contestará judicialmente os resultados nos estados em que a vitória de Biden ocorre por pequena margem — apesar de ele próprio ter vencido nos estados de Michigan, Wisconsin e Pensilvânia em 2016 por uma margem total de apenas 80 mil votos.
A campanha republicana entrou com ações judiciais na quinta para suspender a contagem em Michigan, Geórgia, Nevada e Pensilvânia, além de recontagem em Wisconsin, mas dois de seus pedidos já foram rejeitados pela Justiça. À noite, se somou mais um processo, na Filadélfia, também derrotado. Em paralelo, a Suprema Corte determinou que os votos na Pensilvânia recebidos após 3 de novembro sejam contados separadamente. Segundo a CNN, isto não deve ser determinante no resultado.
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Todos os resultados são, por enquanto, baseados em projeções dos principais meios de comunicação americanos — como nos EUA cada estado tem as próprias regras eleitorais, não há um órgão nacional que centralize a apuração dos votos.
Biden faz pronunciamento e já fala em políticas públicas
O candidato democrata fez um pronunciamento pouco depois da 1h da manhã deste sábado (hora do Brasil), no qual se disse confiante na vitória e buscou concentrar o foco em nos desafios nacionais, como a Covid-19. Ele lamentou que quase 240 mil americanos já morreram na pandemia, mas afirmou que "muitas vidas poderão ser salvas nos próximos meses".
"Vamos vencer esta disputa com uma clara maioria, com a nação nos apoiando. Conseguimos mais de 74 milhões de votos, mais do que qualquer chapa presidencial já obteve na História nos Estados Unidos", afirmou o democrata.
Votos na Pensilvânia serão contados separadamente
A Suprema Corte determinou que votos recebidos na Pensilvânia após 3 de novembro sejam contados separadamente, de acordo com uma ação do Partido Republicano, informou a CNN.
O secretário de estado da Pensilvânia já ordenara que todas as cédulas que chegassem entre quarta-feira, 4 de novembro, e sexta-feira, 6 de novembro, fossem separadas daquelas que chegaram até o dia da eleição, enquanto se aguarda um litígio em andamento, a pedido do Partido Republicano, para decidir a validade desses votos.
A Suprema Corte determinou que a ordem de separação dos votos seja cumprida. Segundo a CNN, esta quantidade de votos é pequena e não deve influenciar no resultado final.