Nesta quinta-feira (24), o governo israelense anunciou que irá endurecer o reconfinamento válido para todo o país. O segundo lockdown teve início na última sexta-feira (18) e, a princípio, terá duração de três semanas.
As novas medidas foram tomadas em decorrência do aumento contínuo de casos de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) em Israel .
A partir desta sexta-feira (25), somente os setores de trabalho considerados essenciais continuarão funcionando. Haverá redução dos comércios abertos e restrições às concentrações.
Além disso, as sinagogas permanecerão fechadas. Uma única exceção será concedida ao Yom Kippur, o Dia do Perdão.
As manifestações e orações a céu aberto serão limitadas a 20 pessoas e deverão ocorrer a menos de um quilômetro de suas respectivas residências.
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As medidas ainda devem ser validadas pelo Parlamento.
Na noite da última quarta-feira (23), o primeiro ministro Benjamin Netanyahu afirmou que é necessário tomar “decisões difíceis para salvar vidas”.
Diante de tal cenário, o Ministério da Fazenda israelense alertou que essas medidas são prejudiciais à economia do país, que enfrenta uma taxa crescente de desemprego.
O governo de Netanyahu também tem recebido outras críticas pela gestão da pandemia. Hagai Levine, membro da equipe que assessora o governo, diz que as decisões são tomadas com base em motivações políticas.
“Quando a taxa de contágio caiu (em maio), o primeiro-ministro Netanyahu disse à população que poderia retornar às suas ocupações normais. Mas uma pandemia é como uma maratona, funciona diferente em certas etapas, mas não se pode deixar de correr”, afirma o doutor Levine.
De acordo com dados da agência AFP, Israel é o país com maior índice de contágio por Covid-19 no mundo nas últimas duas semanas. Em Haifa, um hospital instalou centenas de leito no estacionamento para conseguir atender os casos da doença.