A cidade de Beirute
, no Líbano
, voltou a ter mais um dia de protestos
nesta domingo (9) em decorrência de
explosão
na zona portuária
da capital libanesa que deixou quase duzentos mortos e centenas de feridos. Manifestantes entraram novamente em confronto com a polícia, que revidou com disparo de bombas de gás lacrimogêneo.
Durante as manifestações, foram registrados focos de incêndio na cidade e os participantes arremessaram pedras contra o prédio do Parlamento do Líbano. Alguns dele, inclusive, pegavam as bombas disparadas pela polícia com as mãos e jogavam de volta em direção às tropas.
Devido à escalada de tensão nas ruas, dois ministros do governo libanês renunciaram ao cargo hoje. Eles deixaram suas cargos fazendo criticas ao primeiro-ministro.
Segundo a agência de notícias Al-Jazeera, pelo menos 728 pessoas ficaram feridas nos confrontos com as autoridades, sem informar se o número se refere aos atos apenas deste domingo ou inclui os realizados de ontem. Um policial também foi morto.
No sábado, uma mobilização foi marcada por ataques a ministérios. Eles foram realizados por manifestantes irritados com a classe política, que é acusada de negligência após as explosões em Beirute.
O primeiro-ministro Hassan Diab anunciou em discurso televisionado neste sábado que vai propor antecipar as eleições no país para aliviar a crise que se instaurou.
Hassan Diab afirmou que está disposto a permanecer no cargo de primeiro-ministro até que o parlamento libanês possa organizar novas eleições no país. "Convido as partes a chegarem a um acordo sobre o próximo passo. Proporei na segunda-feira no governo a convocação de eleições antecipadas. Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país", afirmou Diab.