Bolsonaro foi destaque na CNN, New York Times, Deustche Welle, Le Monde e La Nación; todos repercutiram o descontrole da pandemia no Brasil
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Bolsonaro foi destaque na CNN, New York Times, Deustche Welle, Le Monde e La Nación; todos repercutiram o descontrole da pandemia no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro testou positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) na noite de ontem (6), após os primeiros sintomas aparecerem no domingo. Ele teve febre e sentiu dores musculares, sintomas associados à Covid-19. A primeira-dama Michelle Bolsonaro também foi testada e deverá cumprir o protocolo de afastamento até o resultado sair.

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A mídia internacional repercutiu o diagnóstico do novo coronavírus no presidente brasileiro com diversas ressalvas sobre seu comportamento no enfrentamento à pandemia. A reportagem do Último Segundo separou os principais tópicos abordados.

CNN (Estados Unidos)

A conformação do novo coronavírus em Bolsonaro ocupou o destaque do site da CNN durante a manhã. Na primeira linha da reportagem, a emissora americana ressalta que Bolsonaro subestimou o vírus:

“Na manhã desta terça, Bolsonaro contou à filial da CNN no Brasil que foi tratado com hidroxicloroquina e azitromicina enquanto aguardava pelo resultado de seu quarto teste para Covid-19. A hidroxicloroquina, divulgada com entusiasmo por Bolsonaro e Trump, não se provou eficaz no tratamento contra a doença”, escreveu a CNN.

A CNN relembrou que Bolsonaro já tratou a Covid-19 como uma “gripezinha” em um pronunciamento oficial. A reportagem também destaca que Bolsonaro achava que já havia contraído a Covid-19 pela relação próxima com seus apoiadores, e que estava curado.

New York Times (Estados Unidos)

O site do jornal New York Times também destacou a infecção e criticou as medidas de Bolsonaro contra a pandemia. “Após meses negando a seriedade da pandemia e deixando medidas protetivas de lado, o Sr. Bolsonaro teve sintomas de Covid-19. Mais de 65 mil brasileiros morreram da doença”, diz a reportagem.

“Críticas no Brasil e no exterior apontam que a abordagem de Bolsonaro contra a pandemia é imprudente, permitindo que o vírus se perpetue no maior país da América Latina. Ele já tratou a Covid-19 como um “resfriado comum”, e chegou a dizer “e daí?” quando foi questionado sobre as mortes causadas pela doença”, escreve o NYT.

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O jornal também destaca que, enquanto os casos de Covid-19 estão subindo no Brasil, Bolsonaro não utilizou máscaras e continuou fazendo aparições públicas. O presidente afirmou que o vírus não traz perigo para pessoas saudáveis, propôs o uso de remédios não eficazes e demitiu um ministro da Saúde por desavenças.

Deutsche Welle (Alemanha)

O site alemão DW repercutiu que Bolsonaro violou medidas sanitárias que poderiam evitar a contaminação pelo novo coronavírus. O presidente brasileiro se recusou a usar máscaras em público e criticou governadores e prefeitos que decretassem “lockdown” para conter o alastramento da doença.

“Na realidade, a agenda e vida pública de Bolsonaro o colocam mais em risco do que a maioria dos brasileiros”, escreve a DW. 

A reportagem também afirma que Bolsonaro cancelou compromissos na Bahia e em Minas Gerais para cumprir o período de afastamento. Ele continuará trabalhando de seu gabinete, em Brasília. 

Le Monde (França)

O site do jornal francês Le Monde, um dos mais tradicionais do país, afirma que Bolsonaro minimizou a pandemia desde que ela começou, destacando que o presidente encontrava seus apoiadores sem máscara.

“No sábado, ele também postou fotos no Facebook, nas quais aparece com o rosto descoberto, na companhia de vários ministros e do embaixador americano em Brasília. Na segunda-feira, ele vetou dois artigos da lei sobre o uso de máscaras em locais públicos”, escreve o Le Monde.

La Nación (Argentina)

O jornal argentino La Nación repercutiu que Bolsonaro tirou a máscara na frente dos repórteres.

“No fim da aparição que levou cerca de 20 minutos, Bolsonaro tirou a máscara para falar com os jornalistas: “Olhem para a minha cara, estou bem”, disse o presidente aos veículos de mídia presentes no Palácio da Alvorada”, escreve o La Nación.

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