A crise gerada pelo Covid-19 trouxe consequências graves na saúde mundial. Mas pode ser que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) não seja a pandemia mais grave a atingir a humanidade nos próximos anos.
"Acho que a pandemia do novo coronavírus está mais para um ensaio geral da big one (a maior, ou a grande pandemia), essa sim uma pandemia que pode matar bilhões", disse Eduardo Massad, em entrevista à BBC.
"Vamos sofrer muito daqui a um mês", afirma Uip sobre baixo índice de isolamento
Médico e professor de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e professor titular de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV), Massad diz que recorre a fórmulas, estudos epidemiológicos e registros históricos para afirmar que a doença não será a maior das pandemias.
Para ele, a peste negra passou perto disso, até mais que a gripe espanhola, pelo impacto demográfico que causou na Europa.
68% dos paulistanos apoiam medidas de Doria e Covas, diz Ibope
Você viu?
Ele analisa que a sociedade vai tirar lições fundamentais de distanciamento social e, especialmente, pesquisas sobre como se comporta essa doença respiratória, algo essencial contra a possível "grande gandemia" futura.
Na avaliação de Massad, uma vacina precisaria estar previamente à mão contra a próxima epidemia, porque ela provavelmente também atacaria os pulmões, porém de forma avassaladora.
Pandemia no mundo
Segundo relatório diário da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registrou 4.588 novos infectados pela Covid-19 , doença transmitida pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas.
Informação foi dada em Genebra na noite de terça-feira, 5. Com esses números, o Brasil superou o Reino Unido e se tornou o terceiro país com mais casos no mundo em um dia.
No total, a OMS soma 3,5 milhões de casos no mundo, com 81 mil novos registros nas últimas 24 horas. A Europa ainda tem o maior número de casos, com 1,5 milhão de infectados. Mas o continente americano se aproxima rapidamente, com 1,47 milhão.