Evo Morales vive como refugiado na Argentina
Ansa
Evo Morales vive como refugiado na Argentina

Depois de receber "uma chuva de críticas" na Bolívia e na Argentina, onde espera por asilo políttico, o ex-presidente Evo Morales fez uma retratação nesta quinta-feira (16) de sua  proposta de criar "milícias populares" e destacou que sua "convicção mais profunda sempre foi a defesa da vida e da paz".

"Há alguns dias, tornaram-se públicas declarações minhas sobre a formação de milícias. Me retrato delas", afirmou o ex-presidente boliviano em sua conta no Twitter, em referência a afirmações feitas domingo passado (12) em uma entrevista radiofônica.

No início da tarde, o governo interino da Bolívia rechaçou a retratação de Morales de suas declarações sobre a formação de milícias armadas no país e reiterou que o ex-mandatário e deve responder à justiça por crimes de sedição e terrorismo.

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"Ninguém vota nele [Morales] no país. Ele saiu porque queria, e aqui estamos esperando por ele. Se ele tem problemas com a Justiça, tem que responder", disse o ministro da Justiça do governo interino, Álvaro Coimbra.

Morales enfrenta um mandado de prisão por incitação a cometer crimes, sedição e terrorismo.

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"A liderança de Evo Morales perdeu o norte com declarações muito infelizes, e isso não tem nada a ver com o que o país quer”, afirmou o ministro. Segundo Coimbra, os bolivianos querem eleições, um governo estável, que forneça uma economia estável, que lhes dê trabalho e que todos se reconciliem.

Argentina

As declarações de Evo Morales também foram condenadas pelos deputados da União Cívica Radical (UCR), que, nesta quarta-feira (15), apresentaram ao Congresso argentino um projeto de resolução com o objetivo de negar o status de refugiado ao ex-presidente boliviano.

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Evo Morales renunciou à Presidência em 10 de novembro do ano passado em meio a pressões militares e a grandes manifestações de protesto contra fraudes no processo em que foi eleito para o quarto mandato presidencial.

Após a renúncia, Morales pediu asilo no México e depois foi para a Argentina, onde se encontra atualmente.

*Com informações da Agência Nacional de Notícias da Argentina (Télam) e da Agência Boliviana de Informação (ABI)

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