Recém-eleito primeiro-ministro do governo espanhol , Pedro Sánchez (Psoe) assumiu nesta quarta-feira (8) o cargo no Palácio da Zarzuela. A cerimônia ocorreu na presença do rei de Espanha, Filipe VI. O líder socialista prometeu cumprir as obrigações do cargo com lealdade ao rei.
Ao final da cerimônia, Pedro Sánchez mencionou a brevidade do ato, dizendo que foram "oito meses em 10 segundos". O rei respondeu com humor, afirmando que "foi rápido, simples e indolor" e que a dor vem depois.
O apoio necessário para que o líder socialista pudesse assumir novamente o cargo veio após votação apertada no Parlamento, em que ele recebeu 167 votos favoráveis e 165 contrários - houve 18 abstenções. Este foi o resultado mais apertado da história da democracia espanhola.
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O resultado encerra um longo período de bloqueio político e dá início ao primeiro governo de uma coalizão de esquerda no país desde os anos 1970, que terá inicialmente quatro anos de mandato.
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O pacto entre o Psoe e o Podemos foi batizado de " Coalizão Progressista " e prevê aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, elevação do salário mínimo, ações contra as mudanças climáticas e políticas para garantir a igualdade de gênero tanto no poder público quanto no setor privado.
Pedro Sánchez assumiu o cargo de primeiro-ministro em junho de 2018. Seu mandato, no entanto, foi curto. Em fevereiro de 2019 ele convocou novas eleições após não conseguir aprovar o orçamento.
Tanto nas eleições de abril quanto na de novembro o Psoe saiu vitorioso, mas Sánchez se recusava a se aliar ao Podemos , outra grande forma do Congresso espanhol e teve dificuldade para formar um governo.
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Ao todo, o país teve quatro eleições gerais durante os últimos quatro anos, sendo duas somente em 2019. Pedro Sánchez governou o país interinamente em um período de incerteza até, quase um ano depois, conseguir chegar a um acordo para formar uma coalizão de esquerda capaz de governar a Espanha.