O líder socialista Pedro Sánchez obteve nesta terça-feira (7) apoio necessário para liderar o governo de coalizão de esquerda e assumir novamente o cargo de primeiro-ministro da Espanha. Em uma votação apertada no Parlamento, o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) recebeu 167 votos favoráveis, 165 contrários e 18 abstenções.
De acordo com a publicação, este foi o resultado mais apertado da história da democracia do país europeu. O resultado encerra um longo período de bloqueio político e dá início ao primeiro governo de uma coalizão de esquerda no país desde os anos 1970, que terá inicialmente quatro anos de mandato.
O pacto entre o Psoe e o Podemos foi batizado de " Coalizão Progressista " e prevê aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, elevação do salário mínimo, ações contra as mudanças climáticas e políticas para garantir a igualdade de gênero tanto no poder público quanto no setor privado.
Pedro Sánchez assumiu o cargo de primeiro-ministro em junho de 2018. Seu mandato, no entanto, foi curto. Em fevereiro de 2019 ele convocou novas eleições após não conseguir aprovar o orçamento.
Tanto nas eleições de abril quanto na de novembro o Psoe saiu vitorioso, mas Sánchez se recusava a se aliar ao Podemos , outra grande forma do Congresso espanhol e teve dificuldade para formar um governo .
Ao todo, o país teve quatro eleições gerais durante os últimos quatro anos, sendo duas somente em 2019. Pedro Sánchez governou o país interinamente em um período de incerteza até, quase um ano depois, conseguir chegar a um acordo para formar uma coalizão de esquerda capaz de governar a Espanha.