A morte do general iraniano Qasem Soleimani, em um bombardeio no Iraque orquestrado por Donald Trump, causou uma tensão mundial. Para tentar justificar o ato, o vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, usou o Twitter para atrelar a imagem do iraniano morto ao atendado de 11 de setembro de 2001. Entretanto, a imprensa internacional julgou a informação como duvidosa.
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Na rede social, Mike Pence afirmou que Soleimani “ajudou na viagem clandestina ao Afeganistão de 10 dos 12 terroristas que realizaram os ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos”. O vice-presidente também garantiu que o general “estava planejando ataques iminentes a diplomatas e militares americanos”.
Por fim, Pence declarou que “o mundo é um lugar mais seguro hoje porque Soleimani se foi”. O problema é que a imprensa americana não encontrou muita coesão nos fatos citados pelo vice de Trump. O The New York Times , por exemplo, ressaltou que, na época do atentado, Soleimani já dirigia a força Qods dos Guardiões da Revolução e ele não foi citado nenhuma vez nos relatórios da comissão de investigação parlamentar do 11 de setembro.
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No relatório, há provas de que “o Irã permitiu o trânsito de membros da Al-Qaeda pelo Afeganistão antes do 11 de Setembro”, porém não há prova de que o Irã tivesse ciência dos atentados. O Washington Post também analisou o caso e concluiu que dificilmente o Irã ajudou de forma consciente o ataque de 2001.