O presidente Donald Trump afirmou na noite dest sábado (4), em sua conta no Twitter, que se o governo iraniano acertar algum alvo americano, em retaliação pela morte do general Qassim Suleimani, os Estados Unidos responderão atingindo 52 alvos de alto nível e importância para o Irã.
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"Se o Irã atingir qualquer americano
, ou alvos americanos, teremos como alvo 52 locais iranianos, alguns deles de alto valor e importantes para o Irã e para a cultura iraniana", afirmou o presidente Trump.
"Esses alvos e o próprio Irã serão atingidos com muita rapidez e muita força . Os Estados Unidos não querem mais ameaças", acrescentou o presidente norte-americano.
Em uma sequência de tuítes, Trump afirma que o "Irã está falando muito ousadamente sobre alvejar certos alvos dos EUA como vingança por livrarmos o mundo de seu líder terrorista [referência a Suleimani] que acabara de matar um americano e ferir gravemente muitos outros", declarou.
Trump ainda citou o fato de duas bombas de morteiro terem caído neste sábado (4) na zona verde de Bagdad, onde está localizada a Embaixada dos Estados Unidos.
Em Bagdá
Até agora, não foi identificada a origem do ataque e não há indicações dos danos provocados
pelas explosões, que teriam ocorrido numa área onde estão estacionadas as forças militares norte-americanas.
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A área, no entanto, foi cercada e atacada na terça-feira (31) por milhares de simpatizantes do regime do Irã, segundo as autoridades iraquianas.
A embaixada norte-americana em Bagdá aguarda a chegada de centenas de soldados que foram destacados para proteger a sua chancelaria no Iraque, no momento em que cresce o sentimento antiamericano após o ataque aéreo dos EUA que vitimou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani.
O general Qassem Soleimani morreu num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdá, que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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No mesmo ataque morreu também Abu Mehdi, número dois da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de mais seis pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Oriente Médio .
A morte de Soleimani já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) - Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região , pedindo às partes envolvidas que reduzam a tensão.
O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos.
Vingança
No Irã, o sentimento é de vingança - o presidente e os Guardas da Revolução garantiram que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.
O líder supremo do Irã, o aiatollá Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou estar em causa "um ato de terrorismo internacional".
Do lado iraquiano , o primeiro-ministro demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassinato vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque".
Já o grande aiatolá Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani " um ataque injustificado " e "uma violação flagrante da soberania iraquiana".