Decisão foi tomada por novo governo boliviano
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Decisão foi tomada por novo governo boliviano

O novo  governo da Bolívia cancelou uma parceria com Cuba e anunciou o retorno de 725 "funcionários de cooperação" que atuavam no país.

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Os cubanos haviam desembarcado na Bolívia durante a gestão do ex-presidente Evo Morales e forneciam assistência médica e educacional em zonas carentes, mas terão de voltar a Havana.

"Tive uma longa conversa com o chanceler de Cuba , Bruno Rodríguez, em termos muito respeitosos, até amistosos. Eles vão retirar a partir desta sexta [15] 725 cidadãos cubanos que cumprem funções de cooperação em diferentes áreas", disse a ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric.

A medida é semelhante ao rompimento da parceria entre Cuba e Brasil no programa "Mais Médicos", que ocorreu ainda no final da gestão Temer, mas já em função da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

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Apesar do cancelamento do acordo, Longaric garantiu manter relações de "respeito" com Cuba. A chanceler foi nomeada no último dia 13 pela autoproclamada presidente Jeanine Áñez, que era segunda vice-mandatária do Senado e assumiu o poder após a renúncia de Evo e de todos os que estavam na linha sucessória.

O ex-presidente, que recebeu asilo no México, era acusado de fraudar as eleições de 20 de outubro e chegou a convocar um novo pleito para tentar se manter no poder, mas não resistiu aos protestos populares liderados pelo fundamentalista cristão Luis Fernando Camacho nem às pressões da Polícia e das Forças Armadas.

Apesar da crise, o Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo, vem mantendo negociações com o novo governo para pacificar a situação e conseguiu eleger os presidentes da Câmara e do Senado.

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Áñez disse que o MAS poderá disputar as próximas eleições, que, por norma constitucional, devem ser convocadas em até 90 dias, mas desde que Evo não seja o candidato. "Ele sabe que deverá responder à Justiça, há muitas acusações de corrupção em seu governo", afirmou a presidente nesta sexta, acusando seu antecessor de "fugir" para escapar dos tribunais.

"Se o presidente Morales quiser voltar , que volte, mas saiba que responderá à Justiça", ameaçou.

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