O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (27) que não ofendeu a primeira-dama da França, Brigitte Macron , ao endossar um comentário em sua página no Facebook que zombava dela. Bolsonaro diz que falou para um seguidor seu não "falar besteira" e destacou que não se mete na "questão pessoal".
O comentário ocorreu em meio a uma discussão pública com o presidente francês, Emmanuel Macron , que classificou o gesto de Bolsonaro como "triste" e sugeriu que o brasileiro não está à altura do cargo que ocupa. No sábado, um seguidor postou foto dos casais Macron e Bolsonaro em uma publicação do presidente brasileiro no Facebook, com a legenda: “Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?” O perfil do presidente respondeu: “Não humilha cara. Kkkkkkk”.
"Eu não botei aquela foto. Alguém que botou a foto lá e eu falei para ele não falar besteira. Não quero levar para esse lado. Questão pessoal, familiar, eu não me meto. Respeito o cara para não entrar nessa área", disse Bolsonaro , na saída do Palácio da Alvorada.
Após ser questionado sobre o teor do seu comentário, o presidente disse que encerraria a entrevista caso as perguntas sobre o caso persistissem: "Se é para continuar pergunta nesse padrão, vai acabar a entrevista. Vai acabar a entrevista".
Com novos questionamentos, Bolsonaro chegou a dizer que seu comentário pedia para o seu seguidor "não insistir nesse tipo de postagem", mas logo em seguida deixou o local. "O meu comentário é para não insistir nesse tipo de postagem. Centenas...Tchau para vocês. Realmente, o jornalismo...Vocês não merecem a consideração".
Ajuda do G7
Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que só aceitará discutir o recebimento da oferta de US$ 20 milhões dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia se o presidente da França, Emmanuel Macron, voltar atrás em sua afirmação de que Bolsonaro mentiu para ele e desistir de discutir a internacionalização da Amazônia.
"Primeiramente, o senhor Macron tem que retirar os insultos que faz à minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. Depois, pelas informações que eu tive, a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa com a França, que seja com as melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: "Primeiro retira, depois oferece, daí eu respondo".