Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou, nesta segunda-feira (12), a chapa encabeçada pelos peronistas Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kírchner, favorita
para vencer as eleições presidenciais em outubro, na Argentina, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) recorreu à diplomacia.
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Em nota divulgada no início da noite, Mourão destacou que, no caso da vitória da oposição, a economia da Argentina continuará sendo importante para o Brasil, "motivo pelo qual o governo brasileiro continuará, de todo modo, trabalhando para o melhor entendimento entre as duas nações irmãs".
Mais cedo, em um evento na cidade gaúcha de Pelotas, Bolsonaro
disse que, caso Macri deixe o poder, o Rio Grande do Sul irá viver problemas iguais aos do estado de Roraima, que
vem recebendo milhões de imigrantes venezuelanos, devido à grave crise política e econômica naquele país.
O presidente brasileiro torce publicamente pela reeleição do atual presidente argentino, Mauricio Macri, o que é um incomum para um chefe de Estado. O presidente também afirmou
nesta segunda-feira que argentinos fugirão para o Brasil em caso de vitória do kirchnerismo, ao qual se referiu como "esquerdalha"
.
No comunicado, o vice-presidente destacou que, quando era candidato à presidência argentina, Mauricio Macri também não obteve bons resultados nas eleições primárias. "Portanto, quanto ao resultado desse domingo, por se tratar de uma prévia, devemos aguardar a conclusão do processo eleitoral naquele país".
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Mourão também destacou os "laços de amizade e simpatia" que unem os presidentes Bolsonaro e Mauricio Macri. Destacou que a vitória de Macri acelerá a recuperação econômica da região.