A capitã Carola Rackete foi presa na Itália ao atracar um navio humanitário que transportava refugiados
Reprodução/Sea Watch
A capitã Carola Rackete foi presa na Itália ao atracar um navio humanitário que transportava refugiados

A cidade de Paris homenageará a capitã alemã Carola Rackete, da ONG Sea Watch, que atua no resgate de imigrantes no mar e que está em uma batalha com a justiça italiana e com o vice-premier Matteo Salvini.

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"As duas capitãs do navio Sea Watch 3, Carola Rackete e Pia Klemp, receberão a medalha Grand Vermeil, a principal distinção da cidade de Paris, por salvarem imigrantes no mar", informou a Prefeitura da capital francesa, em um comunicado nesta sexta-feira (12).

"A medalha simboliza a solidariedade e o empenho de Paris no respeito aos direitos humanos" e será entregue "às duas operadoras alemãs perseguidas pela justiça italiana", completou a nota.

No mesmo anúncio, a Prefeitura de Paris informou que serão destinados 100 mil euros à ONG SOS Mediterranée para uma nova missão de resgate de imigrantes. Salvini imediatamente reagiu ao comunicado.

"A Prefeitura de Paris premia com uma medalha Carola Rackete, 'perseguida na Itália '. Não é piada", afirmou o vice-premier e ministro do Interior da Itália em uma transmissão no Facebook.

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Rackete chegou a ser presa pelas autoridades italianas por forçar a entrada, mesmo sem permissão do governo, de um navio da Sea Watch com 40 imigrantes no porto de Lampedusa, ilha italiana no Mediterrâneo. O navio de Rackete chegou a colidir com um barco da Guarda de Finanças da Itália que tentava bloquear sua entrada no porto de Lampedusa.

Libertada graças a uma decisão judicial que considerou que Rackete estava apenas cumprindo seu dever e seguindo as leis marítimas internacionais que afirmam que pessoas resgatas no mar devem ser transportadas ao porto mais próximo, a alemã apresentou nesta sexta-feira uma denúncia contra Salvini, pedindo à Justiça o bloqueio das redes sociais do expoente da Liga Norte.

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Segundo a ação escrita pelo advogado de Rackete, Alessandro Gamberini, as contas de Salvini no Twitter e no Facebook "instigam o crime" e são usadas para "potencializar de modo disruptivo uma mensagem de ódio".

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