Chanceler brasileiro (à esquerda) disse que Brasil não quer interferir em eleição da Argentina
Marcos Corrêa/PR - 6.6.19
Chanceler brasileiro (à esquerda) disse que Brasil não quer interferir em eleição da Argentina

Apesar do claro apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL à reeleição do presidente argentino, Mauricio Macri, no pleito eleitoral de outubro, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o governo brasileiro não quer interferir no processo eleitoral da Argentina.

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Indagado por que o presidente brasileiro não citou nominalmente Cristina Kirchner em seus discursos durante a visita oficial a Buenos Aires, como em oportunidades anteriores, o  chanceler argumentou que “existe um processo interno político da Argentina, o qual nós não queremos de nenhuma maneira interferir”.

Em entrevista aos jornalistas, o  Araújo  explicou que “o que o presidente (Bolsonaro) quer enfatizar é a visão dele comum com a do presidente Macri sobre a relação bilateral, sobre a política econômica e a política externa”.

Segundo Araújo, apoiar Macri é o reconhecimento do muito que pode ser feito hoje entre os dois governos. Perguntado sobre se o fato de o presidente Bolsonaro estar apoiando a reeleição de Macri não dificultaria as relações com o Brasil em caso de vitória da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner , o chanceler opinou que “acho que não”.

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Na opinião dele, “o que existe é uma enorme revitalização das relações e uma visão conjunta e muito coerente de mundo entre os dois presidentes, e essa hipótese (de vitória de Cristina) não quer dizer que você não vai fazer as coisas juntos.

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"Se acontecer esta hipótese, nós vamos ver como trabalhar isso", disse Araújo. "Não é pensando na hipótese de vitória da Cristina que vamos desaproveitar este momento extraordinário que temos hoje e que esperamos que continue. Sempre existem diferenças, sabemos o que aconteceu em governos anteriores na Argentina e no Brasil, e foram momentos difíceis para o Mercosul", acrescentou.

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O chanceler brasileiro disse que Mercosul de antes não servia e que atualmente os dois governos estão fazendo um esforço para revitalizar o bloco comercial.

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