O "número dois" do governo britânico, David Lidington, afirmou nesta terça-feira (7) que a participação do Reino Unido nas eleições europeias deste mês é "inevitável". A União Europeia vai às urnas entre 23 e 26 de maio para renovar o Parlamento comunitário, que teve seus assentos reduzidos de 751 para 705 por conta do "brexit", já que o Reino Unido não participaria do pleito.
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No entanto, como não houve acordo para que o brexit acontecesse de forma ordenada, os britânicos podem ser levados a participar das eleições para não ficar sem representação no Parlamento Europeu. "Infelizmente, não será possível terminar esse processo", disse Lidington.
A saída estava marcada para ocorrer em 29 de março, mas o prazo acabou adiado para 31 de outubro devido às repetidas reprovações do acordo de divórcio pelo Parlamento britânico. Desde então, a primeira-ministra Theresa May , sem apoio entre os conservadores, negocia com a oposição trabalhista uma saída para o impasse.
Segundo Lidington, no entanto, não há mais tempo hábil para aprovar qualquer acordo antes das eleições europeias. O Reino Unido tem atualmente 73 assentos no Parlamento da UE, dos quais 27 serão distribuídos entre outros Estados-membros e 46 serão abolidos.
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A União Europeia ainda não informou como ficaria a distribuição de cadeiras caso o brexit não se concretize e os britânicos participem das eleições.