O papa Francisco nomeou neste sábado (4) o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Cláudio Hummes, como relator-geral do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, que será realizado entre 6 e 27 de outubro, no Vaticano.
Leia também: Papa Francisco pede para cabeleireiros fugirem da "tentação da fofoca"
Além disso, o papa indicou como secretários especiais o vigário apostólico de Puerto Maldonado (Peru), monsenhor David Martínez De Aguirre Guinea, e o subsecretário do departamento para migrantes e refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, padre Michael Czerny.
O Sínodo terá como tema "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma economia integral" e reserva papel de destaque a dom Cláudio Hummes, que é presidente da Rede Eclesiástica Pan-Amazônica. O relator é o responsável por escrever o texto de conclusão da reunião, que pode servir de base para uma exortação apostólica do Pontífice.
Leia também: Papa diz que quem rejeita homossexuais "não tem coração"
A assembleia episcopal discutirá novos caminhos para a evangelização da Amazônia, a tutela de povos indígenas e formas de proteção do meio ambiente. A sustentabilidade ambiental é uma das bandeiras do pontificado de Francisco e tema de sua primeira encíclica, a "Louvado seja", que prega a criação de um novo modelo de desenvolvimento.
Leia também: Papa diz "estar com a França" após incêndio na catedral de Notre-Dame
Recentemente, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reconheceu que o governo Bolsonaro está "preocupado" com o Sínodo, afirmando que parte dos temas em pauta "afeta a soberania nacional". O papa ainda não comentou o assunto.