Pepe Mujica é o ex-presidente Uruguaio reconhecido pelos militantes de esquerda como um dos líderes mais humildes
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Pepe Mujica é o ex-presidente Uruguaio reconhecido pelos militantes de esquerda como um dos líderes mais humildes

O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica afirmou nesta quarta-feira (1º) que os manifestantes que apareceram, em vídeos divulgados na última terça-feira (30), sendo  atropelados por tanques durante os protestos na Venezuela, não deveriam ficar na frente dos veículos blindados.

A declaração foi dada depois que um repórter, durante o ato do Dia do Trabalhador, em Montevidéu, no Uruguai, perguntou a Mujica o que ele achava dos atropelamentos registrados nos protestos na Venezuela. "[Os manifestantes] não deveriam ficar na frente dos tanques blindados", respondeu Mujica.


Na terça, pelo menos quatro veículos blindados, um deles em chamas, reprimiram pessoas em frente à base da Guarda Nacional Bolivariana, que fica em um bairro de classe média alta de Caracas, e onde mais cedo o líder opositor da Venezuela , Juan Guaidó, anunciou "o fim definitivo da usurpação" do poder pelo presidente Nicolás Maduro. 

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As pessoas tentavam invadir uma base militar na capital do país quando foram atropelas pelo blindado . Seis pessoas teriam ficado feridas no episódio e foram levadas à policlínica Metropolitana, uma delas baleada segundo o site Efecto Cocuyo. Um jovem manifestante também teria sido ferido com um tiro no pescoço e foi levado a um hospital particular.

Desde o início dos protestos dos últimos dias, duas pessoas morreram . De acordo com a Folha de S.Paulo , as vítimas são Samuel Méndez, 24, que morreu na terça após participar de protestos no estado de Aragua, e Jurubith Rausseo, 27, que morreu nesta quarta, após levar um tiro na cabeça na praça de Altamira, em Caracas. Além deles, pelo menos outras 78 pessoas ficaram feridas na Venezuela

Leia também: Maduro aparece em vídeo ao lado de militares e destaca fidelidade

A posição de Mujica sobre os confrontos na Venezuela é indefinida. No início de fevereiro, o ex-presidente do Uruguai disse, em entrevista à BBC , que, para evitar que a crise na Venezuela terminasse em uma guerra, era preciso eleições gerais no país. Porém, ele evita se posicionar diretamente sobre Maduro. O que já disse é que "o regime venezuelano" prejudicou a esquerda na América Latina. "Parte da esquerda não aprende as lições da história", criticou.

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