Um veículo blindado da Guarda Nacional Bolivariana avançou contra manifestantes em Caracas, na Venezuela. As pessoas tentavam invadir uma base militar na capital do país quando foram atropelas pelo blindado.
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Pelo menos quatro veículos blindados, um deles em chamas, reprimiram pessoas em frente à base, que fica em um bairro de classe média alta de Caracas, e onde mais cedo o líder opositor da Venezuela Juan Guaidó anunciou "o fim definitivo da usurpação" do poder pelo presidente Nicolás Maduro.
Seis pessoas teriam feridas nos confrontos e foram levadas à policlínica Metropolitana, uma delas baleada segundo o site Efecto Cocuyo. Um jovem manifestante também teria sido ferido com um tiro no pescoço e foi levado a um hospital particular.
Falando ao vivo da sede do Batalhão de Caracas, o ministro da Defesa afirmou que um grupo reduzido de militares e policiais decidiu sequestrar alguns veículos, armamentos e munições, depois de o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó , anunciar, ao lado de soldados, o início da operação para depor Nicolás Maduro . Na TV, Padrino assegurou que 80% dos militares retornaram a suas unidades.
"Este ato de violência foi derrotado. Quase todo esse grupo de uniformizados com armas deixou o distribuidor e foi para a praça Altamira, repetindo 2002", afirmou Padrino, terminando o pronunciamento com a expressão "Chávez vive!". "Não se chega a Miraflores pela violência. É uma oposição golpista e selvagem".
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O líder opositor Juan Guaidó — que em janeiro se autoproclamou presidente interino com o apoio da Assembleia Nacional de maioria opositora — publicou no início da manhã desta terça-feira em suas redes sociais um vídeo, gravado próximo à base militar de La Carlota, anunciando "o fim definitivo da usurpação" do poder pelo presidente Nicolás Maduro.
No vídeo postado às 5h47 locais (6h47 no Brasil), Guaidó aparece cercado de militares, afirma que "hoje valentes soldados acudiram a nosso chamado" e conclama a população a ir às ruas. "Povo da Venezuela, começou o fim da usurpação. Neste momento, me encontro com as principais unidades militares da nossa Força Armada, dando início à fase final da Operação Liberdade", escreveu o líder opositor em sua conta no Twitter.
Até o início da tarde, não estava claro o tamanho da adesão dos militares e da população ao movimento opositor. Em postagem no Twitter, a analista militar venezuelana Rocío San Miguel afirmou que "se desconhece o alcance que poderia ter na Força Armada o apoio a Guaidó e a Maduro. Não há sinais de fraturas em unidades com poder de fogo". Em entrevista ao GLOBO, Carlos Romero, da Universidade Central da Venezuela, disse que Maduro mantinha o controle da situação.
Horas depois, por volta de 10h30 locais (11h30 em Brasília), Guaidó foi até a praça Altamira, a poucas quadras da base de La Carlota, e, falando em um megafone do alto de uma caminhonete, dirigiu-se à população.
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"A maioria das pessoas está na rua exigindo mudanças. O povo precisa de uma mudança de Constituição e de governo", afirmou o autoproclamado presidente interino da Venezuela . "Chamem a todas as pessoas para que venham para cá, que vamos resistir e ser bem-sucedidos. Chamem a todos para que venham para Altamira e a Operação Liberdade. O chamado é para os poucos militares que, por perseguição, por medo, não terminam de dar o passo. Resistiremos a partir daqui".