O governo de Moçambique já esperava um aumento no número de mortos e admite que sejam registradas mais vítimas
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O governo de Moçambique já esperava um aumento no número de mortos e admite que sejam registradas mais vítimas

Causando enchentes devastadoras, a passagem do ciclone Idai pelo sudeste da África já deixou 417 mortos e 1.528 feridos em Moçambique. Somando aos números de Zimbábue (259) e Malawi (56), também atingidos pelo desastre, já são mais de 700 vítimas. As atualizações foram divulgadas pelas autoridades locais neste sábado (23).

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Segundo Carlos Agostinho do Rosário, ministro responsável pelas operações em Beira,  Moçambique , o governo já esperava um aumento no número de mortos e admite que sejam registradas ainda mais vítimas nos próximos dias. A cidade foi a mais castigada pela passagem do Idai no último dia 14.

Nesta manhã, a ajuda internacional continua a chegar ao país. O segundo avião da Força Aérea Portuguesa aterrou na cidade de Beira às 10h30, transportando uma equipe avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, agentes da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana  e do Instituto Nacional de Emergência Médica.

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Ontem (22), o secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Elhadj As Sy, ressaltou que a necessidade de ajuda humanitária é grande. "Eles não estão nem perto da magnitude do problema. Temo que veremos melhor nas próximas semanas e meses. Devemos nos preparar", afirmou.

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Grande parte de Moçambique está alagada e sem comunicações após a passagem do ciclone Idai no último dia 14
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Grande parte de Moçambique está alagada e sem comunicações após a passagem do ciclone Idai no último dia 14

A procura por desaparecidos e o auxílio às comunidades isoladas também seguem neste sábado. Só no distrito de Búzi, em Sofala, mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelos fortes ventos, chuvas e inundações que atingiram também a países vizinhos, como Madagascar, Malaui, Zimbábue e a África do Sul.

Aproveitando que as chuvas deram uma trégua em algumas localidades, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) moçambicano está usando drones para vasculhar áreas isoladas onde moradores ficaram sitiados.

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Parte dos desabrigados estão alojados em centros de acomodação e em escolas onde a todo instante chegam novas famílias. Nessa sexta, o governo de Moçambique prometeu que, dentro de, no máximo, 48 horas, abrirá novos centros “para aliviar as salas de aula ocupadas pelas populações que se abrigaram nos estabelecimentos de ensino”. 


*Com informações da RTP, emissora pública de televisão portuguesa

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