Theresa May batalha para aprovar um acordo para o Brexit no parlamento britânico
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Theresa May batalha para aprovar um acordo para o Brexit no parlamento britânico

Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (21) o adiamento da saído do Reino Unido da União Europeia. Representantes do bloco, no entanto, estabeleceram o dia 22 de maio como prazo final para o Brexit, véspera do início das eleições para o Parlamento.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, havia solicitado à União Europeia permissão para adiar o Brexit até o dia 30 de junho. O pedido de May dava ao Reino Unido mais três meses para aprovar um acordo, uma vez que a data inicialmente prevista de saída era 29 de março.

prorrogação do prazo para a aprovação de um acordo de saída, no entanto, depende da aceitação do próprio Parlamento Britânico da proposta elaborada por Theresa May . A casa deve aceitar até o dia 29 de março um texto elaborado pela primeira-ministra para que ele seja enviado ao Parlamento Europeu e votado lá. Até agora, o plenário britânico já rejeitou dois textos preparados por May e negociados ao longo de um ano e meio.

Isso porque os europeus exigem um bom motivo e organização para conceder o adiamento do prazo. Eles acreditam também que se o prazo se estender demais haverá uma incerteza institucional e jurídica ao redor da votação para o Parlamento Europeu , que acontece em maio.

Se May não conseguir a aprovação do acordo em casa até o dia 29, ela terá até 12 de abril para reverter a situação ou apresentar um novo plano para o Conselho Europeu. Se neste novo percurso o Reino Unido se dispuser a participar das eleições europeias, ele pode então conseguir um novo aumento de prazo de até vários meses. Caso não esteja disposto, o dia 12 será então o dia de saída do bloco.

A incerteza em torno da questão tem cansado britânicos e líderes de outros países. Emmanuel Macron já disse que  um terceiro voto contrário ao acordo na Câmara dos Comuns “conduziria todos a um ‘no deal’ [saída brusca da UE, sem período de transição]”. A alemã Angela Merkel, por sua vez, afirmou que trabalharia até o último minuto para garantir uma saída ordenada e pactuada, mas ponderou: “Nossa margem de manobra é limitada”.

Theresa May não informou se tem um plano B caso mais uma proposta sua seja rejeitada. A primeira-ministra, porém, tem demonstrado que pretende respeitar a decisão do plebiscito de 2016, que decidiu pelo Brexit , ainda que isso signifique sair da União Europeia sem acordo.

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