O acordo do Brexit proposto pela primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi novamente rejeitado durante votação no Parlamento, na tarde desta terça-feira (12). Dois meses após sofrer derrota histórica , May afirmava ter um projeto “melhorado” e que oferecia garantias “juridicamente vinculativas” em relação à saída do Reino Unido da União Europeia (UE). No entanto, 391 parlamentares votaram contra o projeto, enquanto 242 votaram a favor.
O tempo para o debate é curto. A partir de hoje, o Reino Unido tem pouco mais de duas semanas para fechar um acordo antes que o Estado saia oficialmente do bloco, no dia 29 de março, às 23h do horário local. Após a votação, May anunciou que, na quarta-feira (13), haverá debate em torno da possibilidade de que o Brexit aconteça sem que os lados cheguem a um acordo.
A rejeição aconteceu após May e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciarem terem mudado o ponto de maior fragilidade no projeto e o que mais enfrenta barreiras: o chamado ‘backstop’, princípio que prevê uma fronteira aberta entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, membro da UE.
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O acordo original proposto por Theresa May não expressava de maneira clara se esse livre fluxo entre as fronteiras aconteceria, dizendo apenas que seria mantida uma união aduaneira temporária entre o Reino Unido e a UE, enquanto ambos o lados negociariam um acordo de livre-comércio.
Durante o encontro, os dois líderes concordaram que, caso não houvesse uma solução definitiva para a fronteira, os britânicos poderiam abrir uma “disputa formal” contra a UE, enquanto o bloco se comprometeu a encontrar alternativas para a questão até 2020 e proteger o Acordo de Paz realizado em 1998. Segundo Juncker, essa era a última vez que o projeto seria colocado sob votação. “É este acordo ou o Brexit poderia não acontecer”, disse à imprensa local.
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Com a nova rejeição, os britânicos passam a temer que o Reino Unido saia do bloco sem conseguir acordar os seus termos. Ou isso, ou a União Europeia deverá oferecer um prazo maior e dar mais tempo para que o Reino Unido resolva seus impasses, antes que o Brexit seja colocado em prática.
*Com informações da Ansa.