O governo dos Estados Unidos anunciou a retirada de todos os diplomatas e funcionários da embaixada norte-americana da Venezuela. Nas redes sociais, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que a decisão foi tomada pela “deterioração” da situação no país vizinho.
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“Os EUA irão retirar o restante pessoal da embaixada esta semana. Esta decisão reflete a deterioração da situação na Venezuela
, bem como a conclusão de que a presença de funcionários [dos EUA] tornou-se um constrangimento para a política dos Estados Unidos”, disse Pompeo no Twitter.
Em comunicado do Departamento de Gabinete do Tesouro de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), o governo norte-americano anunciou nesta segunda-feira (11) sanções a um banco com sede na Rússia por manter negócios com o presidente “ilegítimo” da Venezuela, Nicolás Maduro.
O Evrofinance Mosnarbank (VTB Bank), banco de propriedade russa e venezuelana, é a primeira instituição financeira estrangeira punida por seus vínculos com a Venezuela. No caso, o banco mantinha negócios com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
Pela decisão, serão congelados ativos e proibidas transações com indivíduos ou entidades dentro dos Estados Unidos ou em trânsito no país.
"O regime ilegítimo de Maduro se beneficiou do sofrimento do povo venezuelano", disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin. "Esta ação demonstra que os Estados Unidos vão tomar medidas contra instituições financeiras estrangeiras que sustentam Maduro, regime ilegítimo e que contribui para o colapso econômico e crises humanitárias, que assolam o povo da Venezuela."
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O texto informa ainda que assim como os Estados Unidos
, mais de 50 países apoiam Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, como representante do governo venezuelano. Além dos norte-americanos, a União Europeia e a maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, reconheceram o oposicionista como presidente interino.
Assembleia decretou estado de alarme na Venezuela
A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (11) um decreto do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, declarando estado de alarme no país. Guaidó também preside a Assembleia.
Para Juan Guaidó , o Parlamento não poderia ignorar a situação atual do país. “Mais da metade da Venezuela já está há quase 72 horas sem serviço elétrico. Vivemos uma tragédia, uma crise elétrica gerada por um regime que roubou o dinheiro para investimento no Sistema Elétrico Nacional”, escreveu no Twitter.
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Guaidó disse que as Forças Armadas venezuelanas não podem continuar “sendo cúmplices” do presidente Nicolás Maduro, a quem chamou de ditador e usurpador. “Como o regime usurpador se recusa a dar uma explicação ao país, além das mentiras habituais, obtivemos informações sérias sobre o apagão nacional, graças à bravura dos técnicos e da mídia que ajudaram a esclarecer o que os outros escondem", afirmou.
Guaidó informou que busca a ajuda de especialistas para solucionar a falta de energia na Venezuela . Ele disse que entrou em contato com países como Brasil, Alemanha, Japão e Colômbia para pedir ajuda técnica que permita ao país superar a crise no setor elétrico.