Depois de derrota histórica, Theresa May busca encontrar acordo para o Brexit antes de ter que assinar o polêmico divórcio
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Depois de derrota histórica, Theresa May busca encontrar acordo para o Brexit antes de ter que assinar o polêmico divórcio

A Comissão Europeia afirmou, nesta quarta-feira (6), que não foi identificada uma "solução" para resolver o impasse nas negociações do Brexit com o Reino Unido. A informação vem a público a menos de 20 dias da saída oficial do Reino Unido da União Europeia. 

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Apesar de Londres e Bruxelas já terem conseguido fechar um acordo no fim do ano passado, o texto foi rejeitado pelo Parlamento britânico em janeiro deste ano. A rejeição do acordodo Brexit se deu principalmente em função do "backstop" – mecanismo que garante a manutenção de fronteiras abertas entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

"O negociador-chefe da União Europeia sobre o assunto, Michel Barnier, informou ao colégio de comissários que, apesar de as negociações terem ocorrido em uma atmosfera construtiva, as discussões foram difíceis", disse o porta-voz do poder Executivo da UE, Margaritis Schinas.

Essa declaração foi dada hoje, após tratativas conduzidas por Barnier, pelo secretário do Reino Unido para o tema, Stephen Barclay, e pelo procurador-geral para Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, Geoffrey Cox.

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Schinas acrescentou ainda que "não foi identificada uma solução que seja coerente com o acordo de divórcio, incluindo o protocolo sobre a Irlanda do Norte, que não será reaberto". O backstop só será ativado se Londres e Bruxelas não finalizarem um acordo comercial durante o período de transição do Brexit, até 31 de dezembro de 2020.

O governo britânico, no entanto, teme que isso enfraqueça sua posição nas futuras negociações. Afinal, o backstop estaria criando uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido , onde se encontra a Inglaterra.

Um ministro do governo de Theresa May , que preferiu não se identificar, disse, em entrevista à emissora Sky News , que o adiamento do divórcio, marcado para 29 de março, é "inevitável". O Parlamento votará novamente um acordo entre Reino Unido e UE no dia 12 de março, mas é improvável que o impasse se resolva.

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"Agora é inevitável que haja uma extensão técnica. Um mês provavelmente não seria suficiente para aprovar a legislação. Isso já foi aceito no governo, não há modo de evitar", afirmou o ministro sobre o Brexit .

* Com informações da Agência Ansa. 

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