Gradualmente e de maneira parcial, bairros de Caracas e vários estados da Venezuela começaram hoje (10) a recuperar o fornecimento elétrico depois de um corte que começou, em nível nacional, na última quinta-feira (7) e que aprofundou a tensão entre o chavismo e o antichavismo, que promoveram protestos ontem (9).
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O canal público de televisão da Venezuela VTV informou que mais de 20 localidades de Caracas recuperaram o abastecimento de energia e que “comunidades de vários estados do país registram uma restituição progressiva do serviço”. A emissora, no entanto, não detalhou quais regiões voltaram a ser abastecidas.
Governadores de dois estados confirmaram o retorno da eletricidade. O governador de Miranda, o chavista Héctor Rodríguez, postou na rede social Twitter que o estado começa a recuperar o fornecimento de energia, embora o sistema ainda esteja instável.
A governadora de Táchira, a antichavista Laidy Gómez, informou que o estado voltou a ter eletricidade, cortada, como em grande parte do país, desde quinta-feira.
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O apagão que atingiu Caracas e 22 dos 23 estados venezuelanos. Mais cedo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apontou os Estados Unidos como responsáveis pela pane elétrica que atingiu o país. Segundo ele, o objetivo é desestabilizar seu governo por meio de sabotagem cibernética.
A organização não-governamental (ONG) Codevida, que atua na Venezuela, informou que 15 doentes renais morreram nos últimos dias no país, em decorrência da falta de diálise. A entidade receia que o número de vítimas aumente porque o apagão afetou o funcionamento dos aparelhos.
Maduro culpa EUA por apagão na Venezuela
Em uma publicação em uma rede social, o presidente venezuelano Nicolás Maduro citou que ele e seus apoiadores vão lutar contra as “agressões imperiais”, em referência à sua acusação de que os Estados Unidos é o responsável pelo apagão que atinge 22 dos 23 estados do país desde a última quinta-feira (7), e disse que ninguém “se renderia.”
"O povo revolucionário cheio de dignidade, nobreza e coragem encheu as ruas de Caracas para ratificar seu firme compromisso de lutar contra as agressões imperiais. Com amor e resistência, superaremos a interferência; Nosso único destino é a vitória. Aqui ninguém se rende", escreveu.
Em uma publicação em uma rede social, Nicolás Maduro citou que ele e seus apoiadores vão lutar contra as “agressões imperiais”, em referência à sua acusação de que os Estados Unidos é o responsável pelo apagão que atinge 22 dos 23 estados do país desde a última quinta-feira (7), e disse que ninguém “se renderia.”
"O povo revolucionário cheio de dignidade, nobreza e coragem encheu as ruas de Caracas para ratificar seu firme compromisso de lutar contra as agressões imperiais. Com amor e resistência, superaremos a interferência; Nosso único destino é a vitória. Aqui ninguém se rende", escreveu.
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Ele ainda disse que ordenou "o início das ações necessárias para garantir a distribuição de produtos básicos através do #CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), o fornecimento de água potável e os suprimentos necessários para a cidade e hospitais do país". Desde o apagão , pelo menos 32 pessoas já morreram , vítimas de doenças em que os tratamentos foram impossibilitados pela falta de energia elétrica .
No sábado (9), Maduro voltou a associar a falta de luz a um ataque hacker do país norte-americano. "Foi utilizada uma tecnologia de alto nível que só os Estados Unidos possuem", declarou o presidente da Venezuela
. Segundo ele, o objetivo é desestabilizar seu governo por meio de sabotagem cibernética.