Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolas Maduro, voltaram a medir forças nas ruas de Caracas com demonstrações organizadas pelo presidente do país e por seu opositor Juan Guaidó, auto proclamado presidente interino do país. As manifestações ocorrem dois dia após o apagão que deixou 90% da Venezuela sem energia elétrica. Guaidó pediu à população para se mobilizar "com mais força do que nunca".
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A mobilização ocorre menos de uma semana após o retorno de Guaidó à Venezuela
, após sua visita a cinco países da região (Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador), em meio às ameaças da possível detenção de Maduro.
Por sua vez, os manifestantes pró- Maduro também realizam manifestações, convocadas na última terça-feira pelo governante durante um evento para comemorar o sexto aniversário da morte de Hugo Chávez.
Apagão já deixou 13 mortos da Venezuela
Pelo menos 13 pessoas morreram em um hospital estadual em Monagas, no nordeste da Venezuela, devido ao apagão de energia elétrica que atinge o país desde a última quinta-feira (7). A notícia dos falecimentos foi dada pelo médico local Julio Castro, via Twitter, neste sábado (9).
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De acordo com Castro, até o momento, o Hospital Manuel Núñez Tovar contabilizou nove mortes no setor de emergência, duas no departamento de obstetrícia, uma na ala de traumatismos e outra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O boletim foi escrito pelo médico às 11h30 deste sábado (12h30 no horário de Brasília) na rede social, cerca de 36 horas depois do início do apagão .
O médico também informou que o hospital continua " sem luz e sem gerador elétrico" , que os ambulatórios funcionam com "operações reduzidas" e que aparelhos funcionam apenas em alguns locais.
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A Venezuela
está sem energia elétrica desde às 16h50 (17h50 no horário de Brasília) da última quinta-feira (7). O problema foi causado por falhas na hidrelétrica de Guri, principal represa do país. Segundo a imprensa local, 23 dentre os 24 estados foram atingidos.