Bolsonaro se encontrou com ministros e chefes do Legislativo e Judiciário para dividir decisões sobre ajuda humanitária
Marcos Correa/Divulgação/Presidência da República
Bolsonaro se encontrou com ministros e chefes do Legislativo e Judiciário para dividir decisões sobre ajuda humanitária

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com os líderes do Legislativo e Judiciário no Palácio do Planalto para discutir o possível envio de ajuda humanitária à Venezuela. Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, a reunião desta terça-feira (19) acabou sem nenhum encaminhamento.

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Bolsonaro está considerando o envio de ajuda humanitária desde o dia 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido por cerca de 50 países, incluindo o Brasil. Guaidó está articulando um plano para que remédios e alimentos vindos de diversos lugares do mundo entrem no país no dia 23 deste mês.

O presidente Nicolás Maduro , no entanto, impede a entrada da ajuda humanitária , bloqueando a fronteira com a Colômbia. Ele alega que há na verdade uma orquestração para desestabilizá-lo e abrindo a passagem abriria espaço para um golpe liderado pelos Estados Unidos.

A reunião de hoje contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro , do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Além dos líderes dos três poderes, também participaram o vice-presidente, Hamilton Mourão, os ministros de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo, da Secretaria de Governo, Santos Cruz e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O Planalto quis dividir com os presidentes dos outros poderes a decisão do Brasil de aceitar ou não que seu território seja um ponto de apoio para a entrega da ajuda, como quer a oposição venezuelana.

Segundo Alcolumbre, a ideia do governo é que o Brasil seja um ponto de recepção e armazenagem de ajuda vinda dos Estados Unidos. O país teria um local de referência, como vem sendo feito na cidade colombiana de Cúcuta, que faz fronteira com a Venezuela .

O vice-presidente brasileiro sugeriu na reunião de hoje que o Brasil tem condições de fornecer médicos, medicamentos e alimentos. Juan Guaidó acredita que existem 600 mil pessoas dispostas a colaborar com o plano.

Nos últimos dias, chegaram à Cúcuta toneladas de alimentos vindos dos Estados Unidos. Ainda não se sabe, porém, como a ajuda humanitária vai entrar no país. Por enquanto, a estratégia dos opositores é forçar os militares venezuelanos, principal base do poder de Maduro, a  deixarem passar os alimentos e remédios ou assumirem o desgaste diante da população por barrarem a entrada.

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