Em meio ao agravamento da crise venezuelana, um grupo de países realizará uma reunião inaugural do Grupo Internacional de Contato sobre a Venezuela, nesta quinta-feira (7), em Montevidéu, capital do Uruguai. O objetivo é encontrar uma solução para os problemas que envolvem a disputa entre o presidente Nicolás Maduro e o presidente do Parlamento, Juan Guaidó.
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Inicialmente convocado pelo México e pelo Uruguai como um encontro de “países neutros”, a reunião terá a participação de representantes de oito nações da União Europeia, além de países latino-americanos como o Equador, Costa Rica e Bolívia. Procurando manter a imparcialidade, a reunião não contará nem com representantes do governo de Maduro na Venezuela , nem com representantes da oposição.
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Segundo documento divulgado pelo México, o ministro das Relações Exteriores do país, Marcelo Ebrard, é quem coordenará as discussões. O grupo ainda espera “construir um diálogo frutífero entre a comunidade internacional que contribua para encontrar uma saída política frente à polarização”, informou o documento.
Na quarta-feira (6), Maduro declarou apoiar todos os “passos e iniciativas de facilitação do diálogo” e afirmou que o governo está disposto a se entender com a oposição. Aliada ao presidente, a Rússia lamentou não ter sido convidada para a reunião e afirmou temer que o Grupo de Contato Internacional não dedique sua atenção a “uma solução entre venezuelanos”.
Enquanto isso, Juan Guaidó – que se autoproclamou presidente interino no dia 23 de janeiro e foi reconhecido por cerca de 40 países – faz pressão para conseguir ajuda humanitária dos Estados Unidos. Porém, militares fiéis a Maduro, resistentes ao recebimento de forças externas, bloquearam uma ponte de fronteira com a Colômbia, onde foi estabelecido um centro de coleta de remédios e alimentos.
A inflação na Venezuela , projetada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em 10.000.000%, somada a escassez de alimentos e remédios, pressionam para que a reunião que será realizada no Uruguai chegue em uma solução de como resolver, o mais rápido possível, a pior crise venezuelana da história moderna.