Autoproclamado presidente da Venezuela , o líder do parlamento do país, Juan Guaidó, sugeriu conceder anistia ao presidente Nicolás Maduro em troca do comando do país. A declaração foi dada por Guaidó em entrevista à emissora norte-americana Univision .
De acordo com ele, caso o atual presidente da Venezuela abra mão do poder, tanto ele quanto seus aliados podem conseguir anistia. Guaidó também disse querer restaurar a "ordem democrática" e prometeu continuar a lutar por um “governo de transição e eleições livres" no país.
Juan Guaidó se declarou presidente interino na útlima quarta-feira (23), em meio a uma onda de protestos contra e a favor do atual chefe de Estado, Nicolás Maduro . Em um dos atos, Guaidó subiu no palanque e afirmou que é, "de fato", o comandante do país, seguindo a vontade das ruas, que não querem a continuidade do governo de Maduro.
"Hoje, 23 de janeiro de 2019, em minha condição de presidente da Assembleia Nacional, ante Deus todo-poderoso e a Venezuela, juro assumir formalmente as competências do Executivo nacional como presidente em exercício da Venezuela.", disse Guaidó.
Até o momento, Guaidó recebeu o reconhecimento de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro, do Brasil, Juan Carlos Varela, do Panamá, e outros líderes. A União Européia defendeu, em comunicado oficial, a realização de novas eleições na Venezuela .
De acordo com informações da Agência Brasil , é possível que Maduro faça uma declaração ainda nesta sexta-feira (25) à imprensa. Até então, o presidente tem denunciado a oposição venezuelana como protagonista de um golpe de Estado. Na quinta-feira (24), afirmou que "jamais renunciarei aos compromissos com a pátria".
20 pessoas morreram em onda de protestos contra atual presidente da Venezuela
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) divulgou, também nesta sexta-feira (25), que 20 pessoas morreram e mais de 350 foram presas no país nesta semana em manifestações contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Em comunicado oficial, a alta comissária Michelle Bachelet pediu ninvestigações sobre o eventual uso excessivo da força pelos serviços de segurança e grupos armados - contra ou pró-governo. "Qualquer incidente violento que resulte em mortos e feridos deve ser submetido a uma investigação independente e imparcial para determinar se houve uso excessivo da força por parte das autoridades e grupos armados", disse.
Ainda segundo informações da ACNUDH, apenas no último dia 23, em que houve grandes atos contra e a favor de maduro, 320 pessoas foram detidas. A onda de protestos está maior desde segunda-feira (21), quando membros da Guarda Nacional Bolivariana pediram pediram para que as pessoas não reconhecessem o governo do atual presidente da Venezuela , Nicolás Maduro.