A Casa Branca confirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un vão realizar um segundo encontro no final de fevereiro. O anúncio ocorreu logo depois que Trump se reuniu com o chefe de inteligência da Coreia do Norte, Kim Yong-chol, para discutir a desnuclearização e os preparativos para a nova cúpula.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, Donald Trump está "ansioso" para a reunião, cujo local será anunciado posteriormente. No entanto, as imprensas norte-americana e sul-coreana especularam que o diálogo poderá acontecer na Tailândia ou Vietnã.
Trump e Kim se reuniram pela primeira vez em 12 de junho de 2018, em Singapura. Na ocasião, os dois líderes se comprometeram de forma vaga com a paz e a desnuclearização da Península da Coreia.
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Ambos assinaram um tratado na frente da imprensa. "Estamos prestes a assinar um acordo importante e amplo", disse Trump na época. Kim Jong-un classificou o documento como histórico. "Resolvemos deixar o passado para trás. O mundo verá uma grande mudança", disse.
Alguns dos principais pontos do documento são:
- Estados Unidos e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus povos pela paz e prosperidade;
- Estados Unidos e Coreia do Norte irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na Península Coreana;
- Conforme a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar em direção à completa desnuclearização da Península Coreana;
- Estados Unidos e a Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados.
Até o momento, Pyongyang não deu sinais de que tem intenção de se desfazer de seu arsenal nuclear , enquanto os Estados Unidos não mostraram disposição em retirar suas forças da Coreia do Sul.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que está na hora do governo de Donald Trump e a Coreia do Norte retomarem "seriamente" as negociações para a desnuclearização da Península. "Encorajamos os dois países a avançarem com as negociações. Acredito que precisamos de um roteiro claro para esclarecer as coisas e para saber exatamente quais serão os seguintes passos", disse.
* Com informações da Ansa