Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. E quanto vale uma imagem colorida? A brasileira e especialista em coloração de fotos, Marina Amaral, idealizou o projeto Faces of Auschwitz com o objetivo de trazer cor às fotos cinzentas tiradas nos campos de concentração nazistas e destacar, ainda mais, a dor e o sofrimento presentes naquele lugar.
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A iniciativa tem parceria com o Memorial e Museu de
Auschwitz
-Birkenau
, que abriga uma coleção de 38.916 fotos tiradas entre fevereiro de 1941 e janeiro de 1945. Dentre essas imagens, a maioria foi tirada de homens – são 31.696, contra 6.947 fotos de mulheres. Essa é apenas uma pequena parte do grande contingente de imagens registradas nessa época, mas que foram destruídas durante a evacuação do campo, no início de 1945.
A atividade de colorir fotos antigas começou como hobby, quando Marina era criança. Hoje a mineira tem 23 anos e teve seu trabalho divulgado pelo mundo inteiro, o que fez com que a artista deixasse a faculdade de Relações Internacionais e se dedicasse a colorir as fotos antigas, através do Photoshop , trabalho que dura cerca de duas horas para ser finalizado.
De acordo com a artista, a atividade exige mais do que apenas colorir. Há por trás um trabalho de pesquisa para identificar a cor certa do uniforme, dos olhos, cabelo e pele, informações que podem ser encontradas em documentos que descrevem as características dos prisioneiros ou em atestados de óbitos.
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Mas o objetivo do projeto não é só o de trazer cor às imagens . A ideia é a de também contar a história de cada preso fotografado, com a ajuda de um grupo de acadêmicos, jornalistas e voluntários que também participam da ação.
“ Faces of Auschwitz comemora a memória daqueles que foram assassinados em nome do fanatismo e do ódio. Ele atua como um memorial ao seu falecimento e como uma advertência ao mundo”, explica os coordenadores do projeto no site oficial.
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O campo de Auschwitz , criado em 1940, foi o campo de extermínio nazista mais letal durante a Segunda Guerra Mundial, que durou entre 1939 e 1945. A estimativa é de que, em apenas cinco anos, 1,1 milhão de pessoas – entre judeus, gays, ciganos, deficientes físicos e visuais – tenham morrido no campo delimitado por cercas de arame.