Submarino militar da Argentina, ARA San Juan, contava com 44 tripulantes quando desapareceu dos radares em 2017
Martin Otero/Base Naval de Mar del Plata
Submarino militar da Argentina, ARA San Juan, contava com 44 tripulantes quando desapareceu dos radares em 2017

Familiares dos 44 tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, encontrado no sábado (17) após ficar um ano desaparecido no Oceano Atlântico, pediram ao governo a retirada da embarcação do fundo do mar, e que a verdadeira história sobre o acidente seja revelada.

O pedido foi feito durante uma manifestação, no domingo (18), na Base Naval da cidade, na província de Buenos Aires do Mar del Plata. Mesmo local que seria o destino final do submarino , caso não tivesse sofrido uma “implosão” no fundo da águas  – o que o fez ser encontrado a 907 metros de profundidade, um ano após seu desaparecimento, no dia 15 de novembro de 2017.

"A maior parte dos parentes quer. Não nos basta uma foto. Não vamos baixar a guarda. Aqui não acabou a história: queremos saber a verdade e não vamos parar", declarou Luisa Rodríguez, mãe de Gabriel Alfaro Rodrígues, um dos marinheiros que estavam dentro o submarino.

Porém, não são todos os que concordam com a declaração de Luisa. Para Jorge Bergallo, pai de um dos tripulantes, por exemplo, o melhor é que tanto o submarino, quanto os corpos de seus tripulantes descansem no fundo do mar .

O ministro da Defesa da Argentina , Oscar Aguad, apesar das diversas vozes pedindo pela retirada da embarcação de dentro do mar, diz que não vê “viabilidade técnica” para que a operação seja realizada com êxito.

“A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar o submarino , e não deve haver no mundo nenhuma tecnologia capaz de extrair, de 900 metros de profundidade, uma embarcação de 2.300 toneladas de peso”, reiterou o ministro também nesse domingo (18).

De acordo com Aguad, seria incoerente gastar cerca de US$ 4 bilhões para resgatar a embarcação, enquanto a Argentina enfrenta altos índices de pobreza. O país terá que implantar um programa de austeridade para ter um resgate de mais de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), devido a grave crise cambial e fiscal em que o país está mergulhado.  

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Agora, o que resta descobrir é a natureza da falha técnica que afundou o submarino . O ministro tem uma teoria: "Quando se produz um incêndio no setor das baterias do submarino, se libera hidrogênio, que consome oxigênio, e isso pode gerar uma explosão".

* Com informações da Agência Brasil e ANSA.

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