Para Marine Le Pen, o candidato presidenciável Jair Bolsonaro 'tem dito coisas que são extremamente desagradáveis'
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Para Marine Le Pen, o candidato presidenciável Jair Bolsonaro 'tem dito coisas que são extremamente desagradáveis'

A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, criticou o candidato à Presidência do Brasil pelo PSL, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (11). Segundo a presidente da Frente Nacional, partido francês considerado radical no país, Bolsonaro diz coisas "extremamente desagradáveis". 

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"Certamente ele tem dito coisas que são extremamente desagradáveis, que não podem ser transferidas para nosso país, é uma cultura diferente", afirmou Marine Le Pen . "De qualquer maneira, a partir do momento em que alguém diz coisas desagradáveis, ele passa a ser de extrema direita na imprensa francesa", continuou.

A declaração de Le Pen foi dada em entrevista ao canal France 2 , na qual  ela  foi convidada a opinar sobre a ascensão do capitão reformado na política brasileira.

Le Pen reconheceu que a "criminalidade endêmica" catapultou Bolsonaro , fazendo com que ele alcançasse o sucesso de votos que alcançou no primeiro turno das eleições e fosse disputar o segundo turno contra o candidato Fernando Haddad (PT). 

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Além disso, a política francesa afirmou que a votação em Jair Bolsonaro é uma "reação" da população à "insegurança". Mesmo assim e apesar do seu posicionamento radical, La Pen criticou as declarações do candidato do PSL sobre homossexuais e mulheres. 

No entanto, ela ressaltou que os povos têm "diferentes histórias e culturas". "Ainda estamos tentando julgar o que está acontecendo no exterior com base em nossa própria cultura e em nossa própria história?", questionou.

Por fim, a presidente da Força Nacional afirmou que não acredita que o candidato tenha uma posição política semelhante à sua. "Eu não vejo Bolsonaro como um candidato de extrema direita", avisou.

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Com uma plataforma anti-imigração e contra a União Europeia, Marine Le Pen chegou ao segundo turno das eleições presidenciais na França em 2017, mas acabou derrotada pelo centrista liberal Emmanuel Macron, por um placar de 66,1% a 33,9%.

* Com informações da Agência Ansa.

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