Mais de 800 pessoas morreram vítimas de um terremoto e seguido de tsunami que atingiu a ilha de Sulawesi, no centro da Indonésia, na última sexta-feira (28). Autoridades locais, contudo, temer que o número de mortos pelo terroto e tsunami seja ainda maior, alcançando a casa das mil pessoas, já que muitos estão desaparecidos desde a catástrofe.
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Segundo o porta-voz da agência do governo para desastres naturais, Sutopo Purwo Nugroho, citado pela imprensa local, o balanço da tragédia contabiliza, ainda, 504 feridos e 29 desaparecidos. Como há muitos escombros na ilha atingida pelo terremoto e tsunami , não é possível dimencionar, por enquanto, a dimensão da tragédia.
A cidade mais atingida foi Palu, com centenas de feridos e milhares de construções danificadas ou destruídas. O tsunami foi provocado por um terremoto de magnitude 7.5 na escala Richter , registrado a 80 quilômetros da costa e a 10 de profundidade.
A tragédia ocorreu pouco depois de as autoridades indonésias terem retirado um alerta de tsunami, o que pode ter prejudicado a evacuação.
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“Não temos informações de observação em Palu. Tivemos de usar os dados que tínhamos e tomar uma decisão com base nisso”, disse Rahmat Triyono, um dos chefes da agência de meteorologia da Indonésia, que vem sendo criticada após a tragédia.
Agravou o caso o fato de centenas de pessoas estarem participando de um festival em uma praia de Palu no momento da chegada da onda gigante. Muitas dessas pessoas estão desaparecidas, e parte da região se encontra incomunicável.
Como a onda de destruição afetou também hospitais, escolas e prédios públicos, uma estrutura de enfermaria foi instalada nas ruas, onde os sobreviventes estão sendo atendidos. Também nas avenidas e calçadas, corpos das vítimas fatais estão sendo enfileirados para o reconhecimento de familiares.
A Indonésia fica no chamado "anel de fogo do Pacífico", uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica. Em agosto deste ano, um terremoto e tsunami atingiram outra ilha da Indonésia, o turístico balneário de Lombok, matando mais de 500 pessoas. Palu, onde ocorreu a catástrofe da vez, foi o centro de tsumanis em 1927 e 1968.
* Com informações da Ansa
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