O ataque foi realizado na área diplomática de Burkina Faso por volta das 10h locais (7h em Brasília)
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O ataque foi realizado na área diplomática de Burkina Faso por volta das 10h locais (7h em Brasília)

A área diplomática da capital de Burkina Faso, Ouagadou, enfrenta momentos de caos e tensão nesta sexta-feira (02), após um ataque realizado por homens armados nas proximidades da embaixada da França e do escritório do primeiro-ministro burquinense. Segundo informações da televisão nacional burquinense (RTB), o grupo desceu de uma caminhonete aos gritos de “Allahu Akbar” (Alá é grande) e começou a atear fogo em veículos, além de disparar armas de fogo.

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O ataque foi realizado na área diplomática de Burkina Faso por volta das 10h locais (7h em Brasília). De acordo com a rede de televisão local, cinco homens armados dispararam contra os guardas do consulado francês, enquanto outras testemunhas falam que houve um avanço perto do escritório do premiê burquinense, quando foi possível ouvir uma explosão – possivelmente de dois carros-bomba. As forças especiais estão no local investigando o que ocorreu exatamente.

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A polícia encaminhou viaturas até o local e pediu para que os cidadãos evitem as áreas do ataque. O embaixador francês, Xavier Lapdecab, também fez um apelo para que a população não se dirija até a área. Em nota, o consulado da França– que inicialmente considerou ter sido o alvo do ataque – voltou atrás e afirma que, aparentemente, não tenha sido a mira principal. Nas proximidades também estão a embaixada da Dinamarca e da Bélgica.

Ainda não foi informado se houve vítimas durante o incidente.  

Fragilidade e terrorismo

Burkina Faso é um dos frágeis países da região saariana da África que lutam contra a investida jihadista. A insurgência extremista já matou milhares de pessoas e obrigou dezenas de milhares a fugir de suas casas. Além disso, a economia – que é uma das mais pobres do mundo – também é afetada.

Os ataques no país aumentaram a frequência a partir de 2016, quando o Al-Qaeda no Magrebe Islâmico ( AQMI ) e o grupo al-Mourabitoun avançaram contra um hotel e restaurante, fazendo 170 pessoas como reféns e matando 30 no mais letal incidente de Burkina Faso. Homens armados também mataram 18 pessoas fora de um restaurante turco em Ouagadougou no ano passado.

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O último ataque, que parece ser o mais ousado até agora, visou forças de segurança e escolas, como parte da campanha dos militantes por um sistema educacional baseado no Alcorão. Os professores foram ameaçados, precisando fechar as salas de aula e partir. Com isso, ao menos 98 escolas foram fechadas em Burkina Faso devido à insegurança, de acordo com o Unicef. A França, o antigo poder colonial da região do Sahel, enviou 4 mil soldados na operação contra-insurgência em cinco países envolvendo Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.

*Com informações da Agência Brasil e The Guardian

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