O ex-presidente regional da Catalunha Carles Puigdemont decidiu retirar provisoriamente sua candidatura ao segundo mandato do cargo mesmo depois de sair vitorioso nas eleições legislativas locais desde a intervenção de Madri.
A decisão causa um revés ao movimento separatista da Catalunha . Ao desistir de se eleger, Puigdemont indicou Jordi Sànchez, um líder separatista preso por aos seus esforços secessionistas no ano passado.
“Informo ao presidente do Parlamento da Catalunha que de maneira provisória não apresente minha candidatura para ser empossado presidente e lhe pedi que comece o mais rapidamente possível os contatos para proceder à eleição de um novo candidato”, disse por meio de um vídeo o ex-líder.
A gravação foi televisionada e publicada em suas redes sociais. No vídeo, ele aparece em frente a uma bandeira regional catalã e uma bandeira da União Europeia. O local exato onde as imagens foram feitas não foi informado. Mas, sabe-se que o separatista encontra-se em Bruxelas, onde se autoexilou para evitar ser preso por sedição após o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o destituir .
Puigdemont foi um dos principais responsáveis pelo movimento que resultou em uma declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento catalão em outubro do ano passado.
Segundo ele, “nas atuais condições, esta é a maneira para que se possa acertar um novo governo o mais rapidamente possível”.
Candidato detido
Jordi Sánchez foi preso por envolvimento na tentativa separatista de 27 de outubro. Ele e os colegas são alvo de acusações de sedição. Dentre eles estão o ex-vice-presidente do governo regional catalão Oriol Junqueras, o ex-ministro do Interior catalão Joaquim Forn e o líder da Omnium Cultural, Jordi Cuixart.
“É uma grande honra e uma enorme responsabilidade poder representar o povo da Catalunha”, afirmou Sànchez em uma mensagem publica em sua rede social.
Mesmo na prisão e contra opositores políticos que pedem que ele seja impedido de assumir a função, Sànchez poderia delegar da cadeia, de acordo com especialistas legais. No entanto, o governo da Espanha garante que ninguém que enfrente um processo judicial por secessão poderá se tornar presidente regional.
Todos têm participação ativa na campanha por um referendo sobre a secessão da Catalunha, e que foi considerado ilegal pela Justiça da Espanha.
A situação de Puigdemont também não é simples: ele é acusado de insubordinação e rebelião na Espanha e poderá ser preso caso retorne. Especialistas legais do Parlamento da Catalunha e o governo espanhol rejeitaram a noção de que ele governasse de Bruxelas.
Atualmente, a Catalunha está sobre comando de Madri , desde que Rajoy invocou poderes constitucionais para assumir o governo da região.