Parece notícia saída de uma novela, mas é realidade: o ativista indiano Kailash Satyarthi teve sua casa assaltada por um grupo de ladrões e entre seus pertences levados estava nada menos que o certificado que o credenciava como ganhador do Prêmio Nobel da Paz, em 2014. A informação foi divulgada nesta terça-feira (7) pela ONG Bachpan Bachao Andolan (BBA), presidida pelo militante.
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Segundo as informações divulgadas, o crime ocorreu na noite desta segunda-feira (6) na capital da Índia, Nova Délhi. Além do certificado importantíssimo do Nobel
da Paz, os ladrões também levaram uma réplica da medalha de ouro da honraria – além de joias e equipamentos eletrônicos.
Funcionários da organização não-governamental, liderada pelo ativista, apresentaram denúncia em uma delegacia no sul de Nova Délhi. Um dos policiais do afirmou que os ladrões teriam a intenção de pegar as joias presentes na casa – e não os artigos relacionados ao prêmio. Além disso, a polícia explicou que a casa de Satyarthi foi alvejada porque estava vazia há uma semana.
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A ONG ainda afirmou que outras três casas vizinhas foram assaltadas na mesma noite. Em um comunicado, a instituição disse que todos do local “estão bastante preocupados com a segurança”, afirmando que devem tomar diferentes “medidas de proteção”. Um porta-voz da Bachpan Bachao Andolan ainda destacou que “por sorte, Satyarthi doou a medalha original do prêmio ao presidente da Índia, há um ano” e que, desse modo, “ela está bem guardada”.
História dedicada às crianças
Satyarthi abandonou sua carreira como engenheiro eletricista ainda na década de 1980 para iniciar sua campanha contra o trabalho e exploração infantil, organizando inúmeras formas de protesto pacífico e manifestações no país.
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O ativista recebeu o Prêmio Nobel da Paz no ano de 2014, aos 60 anos, compartilhado com a paquistanesa Malala Yousafzai, que luta pela educação de meninas no Paquistão. Kailash Satyarthi é ativista em seu país, dirigindo a ONG BBA há anos, resgatando menores em oficinas e fábricas que utilizam do trabalho escravo das crianças indianas. A luta dele à frente da instituição já rendeu frutos – sendo que mais de 80 mil menores escravizados acabaram sendo libertados.
*Com informações da Ansa