Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram que o mês passado foi um dos julhos mais quentes já registrados no mundo.
Em comunicado à imprensa, a entidade explicou que o último mês foi um pouco mais frio que julho de 2019, mas um pouco mais quente que julho 2016.
"O mundo acaba de ter um dos três julhos mais quentes já registrados. E, como todos sabemos, uma onda de calor muito longa e intensa afetou diferentes partes da Europa", disse a porta-voz da OMM, Clare Nullis, em entrevista coletiva.
De acordo com a entidade, julho de 2022 só não atingiu a posição de mais quente porque algumas regiões do planeta registraram temperaturas abaixo da média, como o oeste do Oceano Índico, do "chifre" da África ao sul da Índia, em grande parte da Ásia Central e na maior parte da Austrália.
"Mas a diferença entre esses três meses é realmente muito pequena", disse Nullis. "O desvio é menor que a margem de erro."
A temperatura registrada no último mês superou em 0,4ºC a registrada em julho durante o período de referência, entre 1991 e 2020. A situação ocorreu mesmo com a presença do fenômeno La Niña, que, segundo a OMM, “deveria ter um efeito de resfriamento”.
No mês passado, o órgão pediu atenção dos líderes mundiais para as ondas de calor, como a que a Europa está enfrentando atualmente, que chegou a causar incêndios em diversas regiões . Segundo a OMM, o ocorrido deve se tornar cada vez mais frequente devido às mudanças climáticas pelo menos até 2060.
Outras regiões do mundo passam por severas secas . Os dados também mostram que o mês de julho foi mais seco do que a média em grande parte da Europa, na maior parte da América do Norte, na América do Sul, na Ásia Central e na Austrália.
Condições mais úmidas que a média, no entanto, também foram registradas em regiões como o leste da Rússia, norte da China e uma ampla faixa que se estende do leste da África ao noroeste da Índia em toda a Ásia.
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