Pesquisadores do Serviço Nacional Oceânico dos EUA alertam que são fêmeas quase todos os filhotes de tartarugas marinhas que estão sob sua observação e nasceram na Flórida nos últimos quatro anos. Isso ocorre, segundo os cientistas, devido ao aumento de temperatura, fator determinante do sexo deste animal. Já essa mudança climática é atribuída ao aquecimento global.
Além disso, ondas de calor são capazes de elevar a temperatura da própria areia, onde ficam os filhotes. Quanto mais elevada ela for, maior será a probabilidade de surgirem tartarugas fêmeas, informa o jornal The Guardian nesta quinta-feira, citando um comunicado da entidade divulgado pela Reuters. Isso é preocupante pois pode impactar a reprodução da espécie, bem como a quantidade de sua população.
De acordo com o Serviço Nacional Oceânico dos EUA, embora o sexo da maioria dos animais seja determinado durante a fertilização, para as tartarugas, jacarés e crocodilos, é a temperatura dos ovos em desenvolvimento que decide se a prole será macho ou fêmea.
Pesquisas mostram que, se os ovos de uma tartaruga incubarem abaixo de 27,7 graus, os filhotes de tartaruga serão machos, mas se ficarem acima de 31 graus, os filhotes serão fêmeas. Já quanto às temperaturas que variam entre elas são capazes de produzir uma mistura de filhotes de tartarugas machos e fêmeas.
Os pesquisadores também notaram que quanto mais quente a areia, maior a proporção de tartarugas fêmeas. À medida que a Terra passa por mudanças climáticas, o aumento das temperaturas pode resultar em condições de incubação distorcidas e até letais, o que afetaria espécies de tartarugas e outros répteis.
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