A espécie age de forma sincronizada quando está em bando
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A espécie age de forma sincronizada quando está em bando

O aparecimento de uma nova espécie na região Sul do Brasil está deixando especialistas em alerta. Citado frequentemente em obras de William Shakespeare, o pássaro estorninho ( Sturnus vulgaris ), comum na Europa, Ásia e norte da África, é conhecido por caçar pequenos animais, destruir lavouras e transmitir doenças. 

O primeiro avistamento dessa ave em território brasileiro aconteceu em 2014, na cidade de Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul. Acredita-se que ela tenha atravessado a fronteira do Brasil com o Urugai. Atualmente a espécie já foi identificada em Aceguá, Bagé, Chuí e Santa Vitória do Palmar.

Citados em obras livros, filmes e peças, o estorninho causou grande estrago aos ecossistemas estadunidenses. Levado aos Estados Unidos em 1890 pelo farmacêutico Eugene Schieffelin, vários passáros da espécie foram soltos no Central Park, em Nova Iorque, e logo depois se espalharam pelo país.

Estima-se que existam cerca de 200 milhões de estorninhos na América do Norte. Anualmente essa espécie gera quase US$ 1 bilhão em relação a colheitas. Em bandos, esses passáros são capazes de destruir platanções inteiras e desequilibrar escossistemas.

De acordo com pesquisadores, a extinção do pica-pau-bico-de-marfim , ave que inspirou o  desenho "Pica-pau", pode estar relacionada a presença dos estorninhos. Quando não se alimentam de ovos de outros passáros, a espécie tem o costume de arremessá-los do ninho. Além disso, o estorninho faz o próprio ninho em troncos ocos, desabrigando passáros nativos como o pica-pau.

Mesmo com todas as tentativas de eliminar a espécie dos Estados Unidos, a presença dessas aves continuou crescendo. Até o momento não existe um protocolo de resposta e prevenção de possíveis estragos causados pelo surgimento dos estorninhos no Brasil. 

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