Para os especialistas, os governos, em geral, reduziram os seus esforços na busca por solução para as mortes no trânsito
Jéssica Maria/ iG São Paulo
Para os especialistas, os governos, em geral, reduziram os seus esforços na busca por solução para as mortes no trânsito

Todos os anos, mais de 1,35 milhão de pessoas perdem a sua vida em consequência de acidentes de trânsito ocorridos em todo o mundo. A situação é pior na África, mas é grave em uma série de lugares do mundo, inclusive no Brasil. Os dados são de um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira (7).

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De acordo com o Relatório da Situação Global da OMS sobre segurança no trânsito de 2018, os governos, em geral, reduziram os esforços na busca por solução para o problema. Sinal disso é a conclusão de que houve um aumento sobre o número total de mortes, sendo que as taxas de mortalidade da população mundial se estabilizaram nos últimos anos.  

Segundo os especialistas, as lesões causadas no tráfego são, hoje, a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos. "Essas mortes são um preço inaceitável a pagar pela mobilidade", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Este relatório é um apelo aos governos e parceiros para que tomem medidas muito maiores para executar essas medidas”, acrescentou ele.

Relatórios como esses são divulgados pela OMS a cada dois ou três anos e servem como uma ferramenta de monitoramento para a Década de Ação para Segurança Viária 2011-2020.

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Ainda segundo o estudo, o risco de acidentes é três vezes maior nos países de baixa renda do que nos países de alta renda. As taxas são mais elevadas em países da África e as mais baixas estão na Europa. Apesar da situação, três regiões do mundo relataram um declínio nas taxas de mortalidade no tráfego: Américas, Europa e Pacífico Ocidental.

Apenas 40 países, representando 1 bilhão de pessoas, implementaram pelo menos sete ou todos os oito padrões de segurança de veículos das Nações Unidas. Mas não são só os motoristas os culpados pelos acidentes . Segundo o relatório, os pedestres e ciclistas são responsáveis por 26% de todas as mortes no trânsito, enquanto os motociclistas e passageiros por 28%.

O fundador e diretor da Bloomberg Philanthropies e embaixador global da OMS , Michael R Bloomberg, afirma que é preciso investir mais na educação, na prevenção e na atenção à segurança nas estradas e nas pistas. Para ele, seria necessário adotar "políticas fortes" e um trabalho melhor de fiscalização.

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"A segurança no trânsito é uma questão que não recebe nem perto da atenção que merece. [E] é realmente uma das nossas grandes oportunidades para salvar vidas em todo o mundo", ressaltou Bloomberg.

* Com informações da Agência Brasil.

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