Governo de Maduro afirma ter prendido três americanos e dois espanhóis
FEDERICO PARRA
Governo de Maduro afirma ter prendido três americanos e dois espanhóis


O governo venezuelano prendeu três americanos, dois espanhóis e um tcheco, sob acusação de participarem de uma suposta conspiração para "desestabilizar" o país. A notícia foi confirmada no sábado (14) pela ditadura de Nicolás Maduro , que também informou ter apreendido 400 armas supostamente vindas dos Estados Unidos .

O ministro do Interior, Diosdado Cabello , afirmou em coletiva que os detidos estavam envolvidos em conspirações “terroristas” que tinham como objetivo "atentar contra a vida do Presidente" e "desestabilizar o país".

“Dois cidadãos espanhóis foram recentemente detidos em Puerto Ayacucho (Amazonas, sul), José María Basua e Andrés Martínez Adasme” afirmou o ministro, que apontou "ligações" entre estes indivíduos e o Centro Nacional de Inteligência de Espanha.

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Cabello continuou dizendo que “eles falam de participação ativa, dizem fazer parte de um contingente de mercenários do governo espanhol que, através do seu centro de inteligência, pretende atacar nosso país”.

Estadunidenses presos

Os três americanos que foram presos são Wilbert Josep Castañeda, um “militar ativo” dos Estados Unidos, identificado pelo ministro como o “chefe” do plano, Estrella David e Aaron Barren Logan. Na semana passada, os Estados Unidos informaram que um cidadão estadunidense tinha sido detido, sem fornecer mais detalhes.

O ministro informou que foram apreendidas “mais de 400 armas" que seriam utilizadas, segundo ele, em “atos terroristas” promovidos por “setores políticos”. “Sabemos que o governo dos  Estados Unidos está conectado a esta operação”, afirmou.

Tensões entre os países

A Venezuela passa por tensões diplomáticas com os governos de Espanha e dos Estados Unidos. Os países exigem a publicação das atas eleitorais, após alegações de fraude por parte da oposição na eleição que concedeu vitória a Nicolás Maduro .


A tensão entre Madrid e Caracas aumentou nos últimos dias, depois de Edmundo González , oposição de Maduro nas eleições, ter chegado à Espanha para pedir asilo, após um mês escondido no seu país. Paralelamente, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, se referiu ao governo de Maduro como uma “ditadura”.

Em resposta, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madrid para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar pelas atitudes de seu governo.

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