Escola Estadual Thomaz Rodrigues Alckmin, no bairro do Itaim Paulista, na Zona Leste da cidade de São Paulo
WERTHER SANTANA/Estadão Conteúdo
Escola Estadual Thomaz Rodrigues Alckmin, no bairro do Itaim Paulista, na Zona Leste da cidade de São Paulo

Rossieli Soares, secretário de Educação de São Paulo , declarou nesta sexta-feira (29), que espera que o  governo paulista consiga converter a decisão judicial sobre o adiamento do início das aulas do estado. As informações foram apuradas pelo G1. 

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo ( Apeoesp ), na quinta (28), conseguiu uma liminar que impedia o retorno as aulas presenciais nas  redes públicas e privadas de ensino . Com isso, a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo recorreu da decisão na manhã desta sexta (29). O pedido foi direcionado para o desembargador Geraldo Pinheiro Franco, presidente do Tribunal de Justiça. 

“Não dá para ter bar aberto, restaurante aberto, tudo aberto e somente a escola fechada (...) Nós estamos voltando mais lentamente do que a maioria dos países do mundo", afirmou o secretário. 

Soares também criticou a ação do sindicato em barrar um decreto criado pelo governador João Doria (PSDB), que libera a continuação do ensino presencial em São Paulo mesmo se os índices do novo coronavírus piorarem na cidade. 

"Me parece que um dos sindicatos que entra com a ação pedindo para não ter as escolas funcionando é um dos que tem a colônia de férias funcionando durante todo o verão. Então, colônia de férias para o sindicato pode, voltar às aulas, não", declarou Rossieli sobre a Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo). 

De acordo com o Soares, o cronograma de aulas foi mantido na rede estadual nesta sexta (29), pois a pasta ainda não foi notificada sobre qualquer decisão. 

“Tem uma série de questões que precisam estar lá na decisão e que precisam ser notificadas. Neste momento, está mantido o planejamento até que a gente receba a notificação. Hoje é um dia de planejamento, de uma ida dos professores às escolas, justamente para discutir como deve ser esse processo de volta em cada uma das unidades. É um momento importante, de discussão dentro da escola", disse. 

O secretário fala que os professores fazem parte do grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19 , mas pondera que o retorno as aulas presenciais não podem depender da imunização de todos. Ainda em sua declaração, Soares responsabiliza o governo federal pela falta de planejamento em relação ao plano de imunização do Brasil

“Estamos falando dessa vacina chegar lá para abril, maio. Nós vamos esperar até lá? Os professores estão no grupo de prioridade da vacina, eles já estão no grupo de prioridade. Só que nós temos um 'pequeno' problema no Brasil: O país não se preparou adequadamente para a compra de vacinas. Se nós não tivéssemos a vacina do Butantan, nós não teríamos era praticamente nada”, afirmou. 

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