Um grupo de 58 instituições de ensino superior privadas se juntou para oferecer um pacote de incentivos para facilitar o acesso de novos estudantes e para manter os alunos já matriculados. As instituições se propõem a custear mensalidades e a zerar algumas taxas. Os benefícios são válidos para matrículas realizadas até dia 25 de maio.
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Os benefícios estão disponíveis através da plataforma Quero Bolsa. Para acessá-los, basta restringir a busca habilitando o filtro Ofertas Proteção Total. Nas buscas regulares, as vagas oferecidas pelas instituições de ensino participantes recebem um selo na cor verde aplicado ao percentual de desconto da bolsa de estudo. É possível também acessar a página do Proteção Quero.
Entre os incentivos está o seguro educacional que é custeado pelas próprias instituições de ensino e garante o pagamento de até quatro mensalidades ao aluno em caso de perda de emprego sem justa causa para trabalhadores em regime CLT ou impossibilidade de exercer atividade profissional por motivo de doença incapacitante para profissionais liberais e autônomos.
As instituições parceiras oferecem matrícula 100% online e vestibular digital, para que o estudante não precise se deslocar até a faculdade para concluir a matrícula. O Quero Bolsa também oferece isenção da taxa administrativa cobrada na reserva da vaga com bolsa de estudo.
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Reduzir impactos
A iniciativa tem o objetivo de manter os estudantes matriculados em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19). O atual cenário levou à suspensão de aulas presenciais e também a dificuldades financeiras que acabam impactando o pagamento das mensalidades.
Estudo do Quero Bolsa mostra que a crise econômica proveniente do coronavírus causou desemprego de 28,59% dos estudantes de universidades privadas no Brasil. Dos 4.491 respondentes, 43% indicaram baixa probabilidade de conseguir manter mensalidades em dia e 36% indicaram alta chance de evasão.
A pesquisa mostra também que 63% dos alunos da modalidade presencial estão insatisfeitos com o ensino online. Cerca de 43% dos alunos têm uma percepção de que o ensino online comparado ao presencial é pior e 34% consideram muito pior.
A preocupação das instituições é que muitos alunos deixem os estudos. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior Privado (Semesp), de 2016 a 2019, o índice de evasão variou entre 30,3% (2017) e 31,8% (2018). Em 2019, ficou em 31%. Na projeção apresentada pela entidade no mês passado, em um cenário "realista", o índice deverá ficar em 33,1% em 2020. Já em cenários pessimista e otimista, pode ficar em 34,4% e 32,4%, respectivamente.
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Segundo o Censo da Educação Superior 2018, as instituições particulares concentram a maior parte das matrículas nessa etapa dos estudos, chegando a 6,4 milhões de alunos, o equivalente a 75,4% do total de 8,4 milhões de universitários.