Amultuada em torno do carro de som do sindicato dos trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP), a concentração da manifestação contra cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) no orçamento de universidades federais, no Largo da Batata, começou com discursos de professores universitários na capital paulista.
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"Mais Paulo Freire e menos Olavo de Carvalho", pede o professor Vitor Paro, da faculdade de educação da USP. O protesto pela
educação
começou por volta das 16h desta quinta-feira (30) e engrossa a série de atos que ocorrem hoje em todo o País.
Baterias de diversos institutos federais da Grande São Paulo se reúnem atrás do carro de som. Na levada dos surdos e caixas, os estudantes cantam a marcha "tira a tesoura da mão e investe em educação!". Enquanto isso, mais e mais percussionistas chegam ao Largo da Batata pelas saídas da estação Faria Lima da Linha 4-Amarela do Metrô.
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Em meio à cantoria, faixas de uniões sindicais e de movimentos estudantis dividem espaço na praça. Enquanto os sindicalistas ressaltam a luta contra a Reforma da Previdência, os estudantes focam sua atenção nos cortes na educação e o projeto de lei Escola sem Partido .
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"Temos certeza que, junto aos estudantes , nós vamos unificar as duas pautas", afirma Dagnaldo Gonçalves, 54, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. "Aqui a gente começa a construir a união para a greve geral planejada para o dia 14 de junho", completa. De acordo com a União Nacional dos Estudantes ( UNE ), o ato reúne mais de 50 mil pessoas.