Após a onda de protestos pelo país nesta quarta-feira (30), entidades da sociedade civil já organizam novas manifestações para o dia 30 de maio contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).
As mobilizações de hoje se espalharam por mais de uma centena de cidades em todos os 26 Estados e no Distrito Federal e reuniu estudantes, professores, entidades da sociedade civil e partidos políticos.
De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a greve nacional prevista na agenda de atos deste dia de mobilizações contou com o engajamento de ao menos dois milhões de trabalhadores.
As manifestações, que transcorreram, em sua maioria, de forma pacífica, deram-se no mesmo dia em que o ministro da Educação , Abraham Weintraub, foi sabatinado na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o bloqueio das verbas.
MEC defende contingenciamento
O Ministério da Educação (MEC) garante que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos.
Segundo o MEC, o bloqueio preventivo atingiu apenas 3,4% das verbas discricionárias das universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões. Deste total, segundo o ministério, 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.
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De acordo com o ministério , 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.