Estudantes e professores de universidades federais de todo o Brasil convocaram para esta quarta-feira (15) uma paralisação e protestos contra o corte de 30% no orçamento das instituições de ensino. As manifestações devem acontecer em 23 capitais e no Distrito Federal, além de algumas cidades do interior.
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Os protestos já receberam apoio de alunos de universidades estaduais e instituições particulares. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os professores também aderiram ao movimento, assim como os funcionários técnicos, representados pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Os reitores das três universidades estaduais paulistas - Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) - divulgaram uma nota pública na qual chamam o corte de “equívoco estratégico” e convocam um debate sobre o tema nesta quarta-feira.
As únicas capitais na qual não há atos marcados são Boa Vista, Porto Velho e Natal. Para a manifestação desta quarta, a União Nacional dos Estudantes (UNE) pediu aos manifestantes que vistam uniformes, jalecos ou carreguem livros, simbolizando a educação.
Os alunos das universidades vão parar as atividades nesta quarta, mas a UNE descarta uma greve prolongada. "A nossa convocação é universidade aberta funcionando a todo vapor, porque o sonho do Bolsonaro é que a universidade pare", diz a presidente da entidade, Marianna Dias, à Folha de S.Paulo .
No último dia 30 de abril, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um corte de 30% no orçamento das universidades federais . O ministro Abraham Weintraub chamou o corte de contingenciamento e afirmou que os investimentos voltarão após aprovação da reforma da Previdência. Logo em seguida, o MEC cortou também as bolsas de pesquisa oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) em todo o país.