Roupas que repelem: nova arma contra a dengue
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Roupas que repelem: nova arma contra a dengue


O aumento alarmante dos  casos de dengue e a escassez de vacinas - o que restringiu a campanha para a faixa etária entre 10 e 14 anos - levaram à implementação de outras medidas para tentar controlar a doença, como mutirões para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. O país registrou mais de 3,1 milhões de casos prováveis em 2024, representando 67,4% dos casos na América Latina e no Caribe.


A tecnologia emerge como uma aliada nesse cenário. A produção de roupas que repelem o mosquito é uma estratégia adotada pelo setor da moda. A demanda por uma nova linha de uma marca esportiva foi tão alta que a coleção esgotou rapidamente, com 14% das peças vendidas apenas no Rio de Janeiro, o que levou o fabricante a acelerar a produção.

“Nós investimos, todos os anos, entre 8% e 12% do nosso faturamento em inovação. Isso está no nosso DNA. Enquanto marca, é nossa obrigação entender a necessidade do consumidor e darmos uma resposta rápida. Neste momento,  temos um problema gravíssimo acontecendo  e o nosso time de produtos focou em lançar algo realmente impactante e de acordo com a necessidade atual. Já sabíamos da alta demanda, em função da epidemia que está acontecendo no Brasil, mas não imaginávamos que esgotaria com tamanha rapidez. Nosso time de desenvolvimento de produtos já está trabalhando para  lançarmos em breve , uma camiseta que,  além de repelir, possuirá mais uma tecnologia embarcada ”, explica Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.

Tecido Repelente

A linha de roupas é feita de poliamida e recebe uma camada adicional de proteção, atuando como barreira contra transmissores de outras doenças, como a febre amarela, além de possuir proteção UV50 contra raios solares. A química responsável por essa proteção é a Insecta EC50, desenvolvida na Bélgica, que se baseia no composto natural piretro, encontrado nas flores de crisântemo, para repelir os insetos.

Esse composto sintético, chamado permetrina, mantém os insetos a uma distância mínima de 20 cm do tecido, garantindo proteção mesmo em áreas expostas como mãos e cabeça. A durabilidade do tratamento é de até 100 lavagens, não possui odor e é ambientalmente segura.

“Estamos colocando no mercado a mais  alta tecnologia de tecido para combater a dengue  e outros mosquitos que causam doenças graves. No ano passado lançamos uma linha feita a partir de garrafas pet recicladas. Claro que, cuidar do meio ambiente é importantíssimo, mas ser verdadeiramente ESG, vai além disso. Ser uma companhia ESG requer olhar o tempo todo para as necessidades da sociedade e, entender enquanto marca, o que pode ser feito”, finaliza Jalonetsky.

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