José Maria Marín foi preso por lavagem de dinheiro nos EUA
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José Maria Marín foi preso por lavagem de dinheiro nos EUA


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) pode responder nos Estados Unidos pelo mesmo crime que levou José Maria Marín, ex-presidente da CBF, à prisão

A Polícia Federal submeteu um requerimento de colaboração internacional ao FBI após a aprovação do Supremo Tribunal Federal, com o intuito de investigar a  venda ilegal de joias envolvendo Bolsonaro e outros indivíduos.

Caso o pedido seja acatado, o FBI poderá iniciar uma investigação sobre lavagem de dinheiro e ocultação de valores no país norte-americano com conexão com o crime de peculato no Brasil.

“Lavagem de dinheiro é um crime grave nos Estados Unidos. Foi o que aconteceu com o presidente da CBF, né?, explica o jurista Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay à coluna Panorama, fazendo referência a José Maria Marin. Por isso há muita preocupação por parte do grupo do Bolsonaro que ele saía do Brasil para se refugiar nos Estados Unidos. Se ele tiver advogado, com certeza não fará isso”.

Em 2017, Marín foi considerado culpado em seis processos, sendo que dois deles eram sobre lavagem de dinheiro. A condenação ocorreu em Nova York, nos Estados Unidos.

O ex-presidente da CBF foi denunciado por ter recebido propina nos direitos de transmissão da Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Copa América entre 2012 e 2015, quando ocupava o cargo máximo da Confederação Brasileira de Futebol.

Eles estão ligados a Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Copa América e cometidos entre os anos 2012 e 2015, período em que Marin foi presidente da CBF. Na mesma ocasião, o cartola foi absolvido de acusação de lavagem de dinheiro relativa à Copa do Brasil.

Há preocupação por parte do grupo de Bolsonaro que sofra o mesmo destino que Marín. “Essa investigação nos Estados Unidos pode levá-lo a sofrer um pedido de prisão mais rápido do que aqui no Brasil. O que estão querendo é fazer uma ilação que fizeram lavagem de dinheiro no país norte-americano”, detalha Kakay.

“Uma investigação de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos é um crime de muita gravidade e a prisão se faz de forma antecipada. Não concordo com o sistema norte-americano”, completa.


Mesmo sendo critico ao governo Bolsonaro, o jurista deixa claro que é preciso dar ao ex-presidente o direito de se defender de todas as acusações.

“Não é hora de prender o Bolsonaro. Entendo que temos que seguir o processo legal e dar o direito a ele de ampla defesa par que responda o processo aqui em liberdade. Prisão só deve ocorrer, na minha opinião, depois da condenação. Mas, nos Estados Unidos, é diferente. Se esse processo for aberto lá, ele corre sério risco”, concluiu.

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