O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não vai levar “um tiro” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (RJ). A ordem dada pelo cacique político é de apoiar publicamente o capitão da reserva, dar todo o apoio jurídico para que ele possa recorrer da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não entrar em nenhuma guerra contra o judiciário.
Valdemar relembrou aos seus aliados que a sigla entrou na onda bolsonarista ao fim das eleições de 2022 e ganhou uma multa de R$ 22 milhões. Ele ainda destacou que muitos parlamentares ficaram na mira da justiça por conta dos questionamentos feitos em relação ao processo eleitoral do país.
O presidente do PL pediu que as principais lideranças da agremiação demonstrem indignação pela provável inelegibilidade de Bolsonaro, mas que evitem ataques ao poder judiciário.
A ideia é criar a narrativa que o ex-presidente foi injustiçado, no entanto, o PL respeitará a decisão judicial e buscará uma revisão do processo por vias legais.
Valdemar não quer que representantes do partido entrem na onda dos bolsonaristas. Na sua opinião, haverá tentativa de uma nova radicalização. “O presidente não quer entrar numa nova guerra”, falou um interlocutor.
Bolsonaro inelegível?
O ex-presidente da República corre o risco de ficar inelegível pelos próximos oito anos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julga nesta terça uma ação do PDT sobre a reunião do capitão da reserva com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio do Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral e integrantes da Corte Eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Neste momento, três ministros votaram a favor da condenação do antigo mandatário do país, enquanto apenas um votou contra.
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